O preso que fugiu do Presídio Estadual de Parnamirim (PEP), município da Grande Natal, na última segunda-feira (14), está morto. A informação é da dona de casa Marize Gonçalves dos Santos, de 30 anos, que era mulher de Henrique Eduardo de Oliveira, condenado por homicídio e assalto a mão armada. De acordo com informações oficiais, três detentos morreram e outro ficou ferido quando tentavam fugir da unidade. Henrique seria o único custodiado que conseguiu fugir.
Segundo a mulher dele, o corpo, registrado como indigente no Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep), foi reconhecido pela família nesta terça-feira (16). Ele é velado nesta quarta-feira (16) no Passo da Pátria, na zona Leste da capital potiguar.
A dona de casa afirma que o marido foi ferido por vários tiros de fuzil na perna, barriga e cabeça. Ela resolveu procurar o homem nos hospitais e no Itep porque Henrique não ligou para a família após a fuga. “Eu sabia que se ele tivesse fugido vinha procurar a gente. Mas não veio. Deixou os filhos, os pais dele, muita gente”, lamenta.
O velório de Henrique Eduardo acontece no Passo da Pátria, onde mora a família. Ele deve ser enterrado ainda na manhã desta quarta no cemitério do Bom Pastor II. Marize contou que o marido estava preso havia meia década. Eles viviam juntos há nove anos e tinham três filhos de quatro, cinco e sete anos de idade.
Sejuc não sabia
O G1 entrou em contato com a Secretaria Estadual da Justiça e da Cidadania (Sejuc), responsável pelos presídios do estado, que afirmou desconhecer o fato. A Sejuc instaurou uma sindicância na última segunda-feira (14) para investigar as circunstâncias da fuga.
A fuga
Henrique Eduardo era considerado o único foragido da ação ocorrida na noite de domingo (13). Três presos morreram, um ficou ferido e outro foi recapturado pelos agentes da guarda do presídio. De acordo com a Companhia de Guarda dos Presídios, passava das 23h quando seis presos quebraram o pergolado de uma cela de triagem, subiram pelo telhado e escalaram o muro (veja o vídeo ao lado).
Segundo o diretor do presídio, o agente penitenciário Robson Gomes, três presos foram mortos. Dois já estavam na rua quando foram alvejados. O terceiro estava na cerca - o último obstáculo para a rua. Ainda de acordo com ele, existia a suspeita de que eles tivessem apoio para fugir. "Um carro foi visto passando lentamente em frente ao PEP. Só passa por aqui, quem vem para a unidade. Suspeitamos que ele veio para ajudar na fuga", contou na ocasião.
De acordo com o diretor, morreram José Ranilson da Silva Aires, Liégio Dantas da Costa e Aldeci de Oliveira Gabriel. "Todos eles respondiam por homicídio e assalto a mão armada", revelou.
Ferido, o detento Edson Soares de Lima foi socorrido. Carlos André da Silva, condenado por assalto a mão armada e roubo, foi recapturado sem ferimentos.
Reprodução Cidade News Itaú
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