Dois policiais do condado de Sonoma na Califórnia, nos Estados Unidos, foram suspensos temporariamente de suas funções enquanto são investigados por um incidente em que mataram um
menino hispânico de 13 anos que estava com uma arma de brinquedo, pois acreditavam que ele "atiraria" contra eles, informaram nesta quarta-feira (23) as autoridades locais.
A polícia de Santa Rosa, onde aconteceu o episódio na última terça-feira (22), e a de Petaluma averiguam hoje o fato e se reuniram ao longo da noite de terça-feira, disse o tenente Paul Henry em comunicado.
O adolescente, identificado como Andy López, estava com uma arma de brinquedo que pertencia a um amigo e que as autoridades descreveram como uma réplica de uma AK-47 feita de plástico.
Às 15h locais de ontem (20h de Brasília), dois oficiais do condado de Sonoma patrulhavam um bairro do sudoeste de Santa Rosa quando avistaram o menino, vestido com um suéter com capuz azul e caminhando com o que parecia ser um fuzil AK-47, relatou Henry.
Os agentes pediram reforços e depois saíram do veículo e ordenaram repetidamente ao jovem que colocasse a arma no chão. O menino estava de costas e se virou para os policiais.
"Um dos agentes descreveu que, assim que o menino virava em direção a ele, o cano da espingarda apontava em sua direção", afirmou Henry.
"O agente temeu por sua segurança, a de seu companheiro, e a dos residentes da área. Achava que o sujeito ia atirar contra ele e seu companheiro", disse.
Então, "o agente disparou várias vezes com sua arma de serviço contra o menino, o ferindo pelo menos uma vez". Em seguida, López "caiu imediatamente no chão", acrescentou.
López foi declarado morto no mesmo lugar pouco depois e está prevista uma necropsia amanhã.
Após os disparos, os agentes se aproximaram para averiguar a situação e prestar os primeiros socorros ao menino. Com isso, descobriram que a arma era uma réplica de brinquedo e que a criança também tinha uma pistola de plástico presa em seu cinto.
As autoridades não revelaram a identidade dos agentes, que foram suspensos de seus serviços enquanto o fato é investigado.
Henry ressaltou que o agente que disparou o fez com a consciência que "uma arma de assalto desse tipo é capaz de disparar uma bala que poderia perfurar seu colete à prova de balas, o exterior metálico de seu veículo e as paredes das casas próximas".
Em entrevista coletiva, o departamento de polícia de Santa Rosa exibiu a réplica que estava com López e uma espingarda AK-47 real, para mostrar a similaridade entre as duas.
A mãe do menino, Sujey Annel Cruz Cazárez, condenou o fato em declarações ao jornal "The Press Democrat" na noite de terça-feira, após identificar o corpo.
"Por que o mataram? Por quê?", perguntou Sujey.
Ainda não se sabe, por enquanto, se a réplica do jovem era capaz de disparar algum tipo de munição, pois no mercado americano existem muitas armas que se parecem com rifles de assalto e que disparam projéteis não letais.
Reprodução Cidade News Itaú
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