O Palmeiras mandará um representante para a reunião que acontece nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro, com dirigentes de categorias de base de alguns dos principais clubes do país para discutir um boicote ao São Paulo. As agremiações estudam ficar fora da Copa-SP se o time do Morumbi esteja nela. Embora ainda esteja neutro na negociação e com participação confirmada no torneio, o time alviverde deve aderir caso avalie que a maioria se decidir por isso.
Internamente, avalia-se que a reivindicação das equipes tem fundamento. Portanto, antes de se posicionar contra ou a favor publicamente, o Palmeiras quer esperar para ver que rumo a reunião desta segunda irá tomar e qual a representatividade de fato que o movimento dos protestantes possui.
Um caso emblemático de entrevero entre os dois clubes paulistas foi o do lateral direito Ilsinho. Vindo das categorias de base alviverdes, o atleta trocou o time do Palestra Itália pelo rival e causou um desconforto na relação entre os clubes. Na época, o palmeiras afirmou que houve aliciamento e que o jogador não teria dado time o direito de exercer sua cláusula de preferência de renovação, como clube formador.
O movimento é uma reação a acusações de que o São Paulo estaria aliciando jogadores de categorias de base de outras equipes. O estopim para a revolta foi a transferência do goleiro Lucão, 15, que deixou a Ponte Preta para defender a equipe do Morumbi.
Como Lucão ainda não tem 16 anos, não podia assinar um contrato profissional com a Ponte Preta. Portanto, a equipe de Campinas não foi indenizada pela saída do jogador, que tem passagens pelas categorias de base da seleção brasileira.
Até o momento, nove times aderiram à ideia de boicote ao São Paulo. Botafogo, Flamengo, Fluminense, Vasco, Atlético-MG, Cruzeiro, Goiás, Sport e Vitória enviaram mensagens à FPF (Federação Paulista de Futebol) dizendo que só disputarão a próxima edição da Copa São Paulo de juniores se a equipe do Morumbi não participar.
Quando esse movimento aconteceu, times paulistas já haviam confirmado inscrição na competição de base. Por isso, a Ponte Preta não faz parte do grupo inicial. A proposta dos dirigentes é definir quantos clubes vão realmente participar do boicote. A reunião também tentará estabelecer os próximos passos desse movimento – uma das ideias é criar um código de ética para categorias de base.
Reprodução Cidade News Itaú
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