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terça-feira, outubro 15, 2013

MP pede extinção de Gaviões pela terceira vez após briga na Marginal

Gaviões da Fiel foi autuada pelo Ministério Público pela terceira vez; desta vez briga foi com são-paulinos

O Ministério Público do Estado de São Paulo vai pedir a extinção das torcidas organizadas Gaviões da Fiel e Torcida Independente. No caso do grupo corintiano, será a terceira ação civil pública cobrando o fim da facção, sendo que até agora nenhuma delas obteve êxito.

A medida anunciada pelo MP é exatamente a mesma tomada há um mês e meio, quando corintianos se envolveram em uma briga com vascaínos no estádio Mané Garrincha. Na ocasião, o promotor Roberto Senise, responsável pelos direitos do Consumidor, também havia pedido multa e extinção da Gaviões da Fiel, embora saiba que a eficácia da ação é limitada.

"O MP tem como função defender a sociedade nos limites que a lei nos dá. A gente não tem outras coisas a fazer diretamente sem a contribuição dos poderes constituídos. A ideia é que a quantificação de multas cada vez maior, além dos pedidos de extinção, possam fazer com que o poder constituído no judiciário tome decisões que ajudem a combater o problema", disse Roberto Senise, nesta segunda, em entrevista por telefone ao UOL Esporte.

Gaviões, Independente e outras organizadas de São Paulo assinaram, há cerca de dois anos, um termo de compromisso com o MP. É baseado no descumprimento desse documento que Senise pede multa e extinção aos grupos.

A punição já estipulada de R$ 30 mil, porém, ainda não foi cumprida por nenhuma organizada que foi denunciada. A Gaviões, por exemplo, recorreu nas duas citações que recebeu, embora o Judiciário tenha dado decisões favoráveis ao MP em instâncias iniciais. Com a medida anunciada nesta segunda, são três ações civis públicas pedindo a extinção da torcida e três pedidos de multas, que somariam R$ 90 mil.

A Independente será acusada pela primeira vez desde a assinatura do compromisso. Mesmo assim, o pedido do MP é idêntico (extinção e multa). Na visão de Senise, a solução real passa pelo aprimoramento das medidas de segurança, já que, na visão dele, o Estatuto do Torcedor já permite a punição individual.

"Tem de melhorar o mecanismo de tecnologia. Assim a gente consegue não só assegurar um direito, mas identificar quais torcedores se envolveram nas brigas. É o monitoramento no sentido verdadeiro da palavra", completou Senise.

O pedido do MP não diz respeito apenas à confusão que roubou a cena dentro do estádio do Morumbi, e envolveu são-paulinos e a Polícia Militar. Horas depois do fim do clássico, um ônibus com torcedores tricolores teria sido emboscado por rivais na Marginal Tietê, em São Paulo.

Reprodução Cidade News Itaú

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