Um jovem foi atingido ontem por um disparo de arma de fogo durante o protesto do Dia dos Professores, que culminou em violência, quebra-quebra e prisões. O rapaz está internado na Clínica São Vicente, na Gávea, zona sul do Rio.
Segundo investigadores, a origem dos disparos não foi identificada. Ele também disseram não ser possível afirmar que os disparos tenham partido de policiais militares que tentavam conter o tumulto no centro do Rio.
Rodrigo Gonçalves Azoubel, 18, foi baleado no braço, passou por uma cirurgia e passa bem, segundo o hospital. No protesto, cerca de 200 pessoas foram detidas sob suspeita de praticaram atos de violência.
Segundo boletim médico da Clínica São Vicente, o "paciente baleado deu entrada com fratura aberta nos dois antebraços, tendo sido submetido a uma cirurgia e transferido para um quarto, com quadro estável."
O hospital informou, ainda, que o jovem "permanecerá internado por mais uma semana" para ser "submetido a mais um procedimento cirúrgico, com o objetivo de fixação da fratura."
Ontem, policiais militares do Rio usaram armas letais para dispersar manifestantes. Ao menos dois PMs dispararam tiros para o alto nos arredores da praça da Cinelândia, ponto central dos conflitos.
Por volta das 23h, a Folha presenciou o momento em que um PM sacou a sua arma e deu seis tiros para o alto na rua Araújo Porto Alegre, próximo à sede da ABI (Associação Brasileira de Imprensa).
Os policiais acabaram cercados pelos jovens, alguns com máscaras. Sem bombas de gás, um dos PMs fez os disparos para o alto. Duas horas antes, um fotógrafo registrou um policial dando tiros para o alto nas esquinas das ruas Santa Luzia com Graça Aranha.
Apesar de contato com a assessoria da PM, a corporação não respondeu se o comando autorizou o uso das munições letais.
Reprodução Cidade News Itaú
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