A presença de facção criminosa no Rio Grande do Norte foi destaque por pelo menos duas vezes na Folha de S.Paulo. O jornal paulista reportou a atuação do PCC no Estado em edições de 2011 e de 2013. As matérias do impresso mostraram que a facção criminosa atuava no tráfico de drogas no RN e que o Estado contaria 242 membros da organização.
Em 2011, a Folha de S.Paulo trouxe um levantamento que apontava que o Primeiro Comando da Capital atuava no tráfico de drogas no território potiguar. O levantamento foi feito pela Folha com promotores, delegados, policiais federais e secretários de Segurança. De acordo com o jornal, o PCC atuaria em 16 Estados: AL, BA, CE, MA, MG, MS, MT, PB, PE, PI, PR, RN, RS, SE, SP e TO.
Dois anos depois, o jornal paulista retomou o assunto. Em edição da semana passada, a Folha mostrou que o PCC tem 242 membros com atuação no Rio Grande do Norte. A matéria reportou que o Estado potiguar é o segundo do Nordeste com mais membros da facção criminosa. Segundo a mesma reportagem, as informações seriam baseadas em dados do Ministério Público da capital paulista, que apontavam que, dos 242 integrantes do PCC no RN, 181 são pessoas presas e outras 61 homens ou mulheres que estão soltos.
Ainda de acordo com a Folha, em âmbito da região Nordeste, o território potiguar só perde em número de membros da facção para o Estado da Bahia, que tem 250. A reportagem do jornal de São Paulo trouxe ainda um organograma, no qual o RN aparece como o sexto Estado com maior quantidade de membros no PCC.
POSICIONAMENTO
"Sabemos da existência de simpatizantes", disse o secretário da Segurança Pública e da Defesa Social do Rio Grande do Norte, Aldair da Rocha, quando questionado sobre a presença de facção criminosa no estado.
O posicionamento do secretário foi externado no final da tarde desta sexta-feira, 18, à reportagem do JORNAL DE FATO, logo após a entrevista coletiva na Delegacia Regional de Mossoró sobre a operação deflagrada no início do dia que desarticulou quadrilha com atuação no Maranhão e em outros Estados.
Na ocasião, Aldair da Rocha informou que já solicitou documentos do Ministério Público do Estado de São Paulo, que, segundo recente matéria da Folha de S.Paulo, apontariam a presença de mais de 200 integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) no território potiguar.
Ainda conforme Aldair da Rocha, as informações levantadas pelo Estado sobre a atuação de facção criminosa no RN são reservadas. Em ocasiões anteriores, a postura adotada pelo Estado foi a de negar incisivamente a presença de facção criminosa no RN.
Reprodução Cidade News Itaú
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!