Ao assinar o novo contrato com o Maracanã, o Flamengo estima ganhar cerca de R$ 100 milhões por três anos de renda com o estádio. Nesse valor, estão incluídos receitas com bilheteria, camarotes e comidas e bebidas.
O acordo foi fechado entre o clube e a Maracanã SA, gestora da arena, e é válido até o final de 2016. Mas houve modificações no Conselho Deliberativo do clube, que alterou regras de remuneração e incluiu cláusula para estudo sobre construção de estádio na Gávea. Agora, falta um aval da Odebrecht, líder do consórcio do estádio.
A pendência é em relação à faixa de receita a que tem direito o clube. Há uma tabela progressiva que vai de 50% a 72% da bilheteria – aumenta conforme cresce o público. Só que o Flamengo pediu que fosse feito um ajuste para funcionar como o Imposto de Renda, em que os ganhos percentuais são calculados por faixa. Isso deve ser aprovado.
Com esse formato, o Flamengo espera ganhar cerca de R$ 35 milhões anuais com o estádio. É em torno de metade do que o clube estimava inicialmente, quando estabelecia um patamar de R$ 60 milhões a R$ 70 milhões de renda.
O cálculo teve que ser refeito diante das altas despesas do Maracanã, que não eram conhecidas pelo clube. Mas o novo contrato tem medidas para tentar conter esses gastos.
Em compensação, há otimismo da Odebrecht e do clube com a venda de camarotes. Com a assinatura do Flamengo, a empresa vai começar a fazer degustações com clientes potenciais. A intenção, em seguida, é vende-los a longo prazo para pelo menos uma temporada inteira.
Fato é que, com a nova estimativa de renda, isso significa que a diretoria rubro-negra vai antecipar praticamente a receita referente a um ano do estádio, já que haverá uma adiantamento de R$ 30 milhões da Maracanã SA para o clube. O objetivo é fechar o rombo das contas deste ano.
Reprodução Cidade News Itaú
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