Prefeitos de todo o Piauí estiveram reunidos nesta terça-feira, 15 de outubro, na sede da Associação Piauiense de Municípios (APPM). E de acordo com os gestores praticamente 100% dos Municípios piauienses estão com a folha de pagamento em atraso devido à falta de recursos, encargos e queda do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
O presidente da APPM, Arinaldo Leal, convocou a reunião para que os prefeitos debatessem sobre as dificuldades enfrentadas em suas gestões. “Hoje, o prefeito tem que optar entre pagar o servidor ou pagar conta da prefeitura. Isso não é calote”, desabafou. Ele acrescenta que a situação dos Municípios atualmente é caótica e preocupante.
Segundo o prefeito de Coronel José Dias, Manuel Oliveira, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) não cobre a folha de pagamento. “Hoje temos uma folha de R$ 205 mil, mas o Fundo só repassa de R$ 170 a 180 mil. O restante nós temos que cobrir”, reclama.
Seca
O prefeito de Cocal, Rubens Vieira, ressaltou que, além do problema da queda de recursos – que afeta diretamente Educação e Saúde –, os Municípios tem sofrido muito com a estiagem. “São três anos de seca constante. As reservas de água já secaram”, lamenta.
Já para o prefeito de Amarante, Luiz Neto, a falta de recurso e de atuação do governo federal são os principais problemas. “Quase cem por cento dos Municípios estão em dificuldades e alguns estão quebrados. Em Amarante, tivemos que baixar o salário do prefeito, do vice e dos secretários, mas ainda não resolvemos o problema. A arrecadação vem caindo e a situação é delicada”, descreve.
Reprodução Cidade News Itaú
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