Mais de 600 estudantes do ensino médio de diversas escolas da rede pública estão participando da sexta edição da Feira de Ciências do Semiárido Potiguar - Ciência Para Todos. Essa é a terceira vez que o evento é realizado em Mossoró, sob coordenação da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa). No total, estão expostos 204 trabalhos no Ginásio de Esporte Pedro Ciarlini.
O coordenador do evento, professor Felipe Ribeiro, explica que este ano a feira ficou maior do que nos anos anteriores. "Este ano, também estamos realizando a feira de profissões, além de palestras, oficinas e debates voltados para os professores orientadores dos projetos. Está sendo uma experiência muito boa principalmente porque conseguimos dobrar o número de projetos da feira passada", destaca.
O avaliador Alzamir Costa, professor de Física da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), diz que o nível dos trabalhos apresentados pelos estudantes é excelente. "Temos conhecimento das difíceis condições que esses estudantes enfrentam para desenvolver os projetos. Por esse motivo, podemos dizer que os trabalhos estão ótimos", aponta.
O evento segue até hoje e irá premiar mais de 20 projetos. "Temos cinco vagas para a Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia) e seis alunos estão aptos a participar do Fórum de Jovens Científicos em Londres, além de outros prêmios", explica o coordenador Felipe Ribeiro.
Projetos dos estudantes inovam a realização de ações do cotidiano
Três estudantes da Escola Estadual Cláudio Alves, em Tabuleiro Grande, desenvolveram o projeto "Pipocas produzidas sem óleo ou manteiga retardam o envelhecimento do ser humano". O objetivo era comprovar que é possível produzir pipocas sem o uso de óleo ou manteiga.
A estudante Jaynna Silva afirma que o projeto buscou a experiência de pessoas simples e mais velhas. "Antigamente, as pessoas viviam de forma mais saudável. Por esse motivo, buscamos esses relatos e chegamos à pipoca feita à base de areia. No entanto, continuamos buscando uma forma mais higiênica e chegamos à pipoca à base de água", explica.
Outro projeto apresentado na feira é "Lixo eletrônico recebe novo destino e cria ambiente virtual educacional", apresentado por estudantes da Escola Estadual 11 de Agosto, de Umarizal. O objetivo é demonstrar que aparelhos em bom estado de funcionamento, na maioria das vezes, são jogados na natureza de forma inadequada junto com o lixo comum, prejudicando o meio ambiente.
Já os estudantes da Escola Estadual Maria Zenilda Gama Torres, de Apodi, trabalharam para mostrar os riscos do uso indiscriminado de agrotóxicos. "Trabalhamos com 100 agricultores e percebemos que os agrotóxicos são utilizados sem nenhum tipo de equipamento de proteção. Nós pretendemos retornar a essas comunidades rurais visitadas para mostrar a eles o perigo que correm com isso", afirma o estudante Pablo Carvalho.
Para os estudantes, o maior desafio é trabalhar com o método científico. "Essa é a primeira vez que fazemos um trabalho dessa forma. Ganhamos muito conhecimento e pretendemos continuar com pesquisas", destaca Pablo Carvalho.
Reprodução Cidade News Itaú
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