O pai da menina que morreu afogada após o alagamento de um ônibus escolar do Distrito Federal disse que a família está “derrotada” por causa do acidente. O veículo levava cerca de 25 crianças e parou de funcionar ao tentar atravessar uma área repleta de água da chuva, embaixo de um viaduto na QNN 5/7, em Ceilândia, na noite desta terça-feira (8).
“Estamos derrotados. Foi uma fatalidade muito grande o que aconteceu com ela. Ninguém pensava que isso poderia acontecer”, falou o pai da criança morta, George da Silva.
Outras quatro crianças foram levadas ao Hospital Regional de Ceilândia e ficaram em observação porque ingeriram muita água. Dessas, apenas uma seguia internada na tarde desta quarta. Segundo nota da Secretaria de Saúde, essa paciente está bem, mas passará por avaliação na neurocirurgia do Hospital de Base.
A primeira pessoa a socorrer as crianças foi o sargento Etelmo Rodrigues, do Batalhão Escolar da PM. Ele estava de folga, passou pelo local do acidente e viu parte dos estudantes em cima do teto do ônibus.
“A água estava praticamente até o teto. Tentei a primeira vez [localizar a menina que morreu] e nada. Subi e o pessoal insistindo: 'Ela [a menina que morreu] está lá, moço, ela está lá'. Mergulhei a segunda vez e as crianças também dizendo que ela estava lá. Eu falei: 'Vou lá'. Tentei localizá-la. Ela estava presa ao cinto”, contou.
Das crianças que estavam no ônibus, todas com idade entre 6 e 10 anos, metade saiu da Escola Classe 8, onde a menina que morreu estudava. O acidente ocorreu a poucos metros da instituição, por volta das 18h. Não houve aula no local nesta quarta.
Vinte crianças que estavam no veículo foram atendidas no quartel dos bombeiros. Parte delas estava com hipotermia.
Ônibus
A Secretaria de Educação informou que o ônibus escolar envolvido no acidente é de 2008 e está em situação regular. De acordo com a pasta, o ônibus é da empresa Rodoeste Transportes e Turismo, contratada pela secretaria para atender estudantes da rede pública na região de Ceilândia. O contrato foi assinado em fevereiro de 2013 e tem validade de 12 meses.
Segundo a secretaria, a empresa apresentou toda a documentação dos veículos, assim como a qualificação dos profissionais. O G1 tentou telefonar para a empresa Rodoeste Transportes e Turismo, mas não conseguiu contato até a publicação desta reportagem.
Conforme a Secretaria de Educação, qualquer providência em relação à empresa só poderá ser tomada se for constatada alguma irregularidade por parte da perícia policial.
A pasta informou ainda que lamenta a tragédia e se colocou à disposição das famílias envolvidas no acidente ajuda médica e psicológica.
Reprodução Cidade News Itaú
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