Um policial militar lotado na Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha contou à Delegacia de Polícia Judiciária Militar e ao Ministério Público do Rio de Janeiro ter ouvido o pedreiro Amarildo sendo torturado até a morte na noite de 14 de julho.
O depoimento do PM, cuja identidade é mantida em sigilo, confirma o núcleo da investigação desenvolvida pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil e pelo MP.
Há três novidades relevantes: pela primeira vez, alguém narra em pormenores o que teria acontecido com Amarildo depois de ele ter sido detido por PMs; a testemunha integra a própria corporação; com a identificação de novos envolvidos, os promotores devem acusar 15 policiais, e não apenas os dez que já foram indiciados e estão presos.
Como informam as repórteres Adriana Cruz e Maria Inez Magalhães (leia aqui), a testemunha disse ter ficado trancada em um contêiner na sede da UPP da favela, por ordem do subcomandante da unidade.
De lá, depôs o PM, ele teria ouvido Amarildo sendo torturado, com choques elétricos e asfixia com saco plástico. Até que gritaram “deu merda”, pois o pedreiro teria desmaiado. Seus gritos e gemidos de dor foram ouvidos do contêiner, descreveu a testemunha.
Reprodução Cidade News Itaú
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