A avaliação positiva do governo da presidente Dilma Rousseff passou de 31,3% em julho deste ano para 38,1% em setembro, mostra pesquisa do instituto MDA encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e divulgada nesta terça-feira (10).
A tendência de recuperação após a onda de protestos que atingiu todo o país em junho já havia sido apresentada pelo instituto Datafolha em levantamento feito no mês passado.
A pesquisa, divulgada nesta terça, ouviu 2.002 pessoas entre os dias 31 de agosto e 4 de setembro. As entrevistas foram realizadas em 135 municípios de 21 unidades da federação nas cinco regiões. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
De acordo com a pesquisa desta terça, 7,2% dos entrevistados disseram considerar o governo da presidente Dilma “ótimo”, enquanto 30,9% o avaliam como “bom”. A avaliação positiva considera aqueles que acharam o governo "ótimo" ou "bom". Avaliam o governo como “regular” 39,7%.
O percentual dos que acham a gestão “ruim” é de 10,1%. Consideram o governo “péssimo” 11,8% dos entrevistados. Com isso, a avaliação negativa do governo da presidente Dilma é de 21,9%. Dos entrevistados, 0,3% não sabem ou não responderam.
No levantamento de julho, Dilma tinha apresentado retração na avaliação de seu governo, passando de 54,2% em junho para 31,3% em julho. Na ocasião, foi a primeira pesquisa encomendada pela instituição depois da onda de protestos. Esta é a terceira vez que a CNT realiza a pesquisa com o instituto MDA.
O percentual de aprovação pessoal da presidente ficou passou de 49,3% em julho para 58% no levantamento atual. Em junho, a aprovação pessoal somava 73,7%. A desaprovação a Dilma em setembro ficou em 40,5% contra 47,3% que a desaprovavam em julho. No levantamento atual, 1,5% não souberam ou não responderam sobre o desempenho pessoal de Dilma.
A melhora na avaliação se deve a outras expectativas positivas. Os dados mostram que para 36% dos entrevistados a renda mensal vai aumentar nos próximos seis meses.
No entanto, considerando as manifestações, para 42,6% acharam que houve melhoras no país após os protestos contra 54% que consideraram que não foram realizadas mudanças. Para 63,5% dos entrevistados o governo atendeu a algumas reivindicações e 0,6% disseram que todos os pleitos foram atendidos.
A pesquisa mostra ainda que, para 42,6% o principal problema administrativo de Dilma é a falta de projetos em áreas prioritárias, como saúde, educação e transportes. A maior virtude para 48,4%, aponta o levantamento, é a ampliação de benefícios aos mais carentes.
Governador e prefeito do estado
O levantamento, feito em 21 unidades da federação, mostra que 5,2% dos entrevistados consideraram "ótimo" o desempenho de seu governador; 28,4% acharam "bom", 36,9% citaram como "regular", 12,9% acharam "ruim" e 13,9% consideraram "péssimo". Dos ouvidos, 2,7% não sabiam ou não responderam.
Em relação aos prefeitos, 7,5% consideraram como "ótimo" o desempenho, 27,9% acharam "bom", 32,6% consideraram "regular", 12,4% citaram como "ruim" e 15% como "péssimo". Outros 4,6% não sabiam ou não responderam.
Eleições de 2014
A pesquisa da CNT feita pelo instituto MDA mostra ainda as intenções de voto para as eleições presidenciais do ano que vem. Segundo a pesquisa espontânea (quando não são apresentados os nomes), Dilma Rousseff tem 16% das intenções de voto. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece em segundo com 9,7%. Em terceiro está a ex-senadora Marina Silva com 5,8%.
Em seguida estão o senador Aécio Neves (4,7%), o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (1,6%), e José Serra (1%). O governador de São Paulo Geraldo Alckmin e o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, aparecem com 0,5% das intenções de voto cada um. Dos ouvidos, 1,8% citaram outros nomes, 19,2% disseram que votarão branco ou nulo e 38,9% não sabiam ou não responderam.
Entre os entrevistados, 21,9% disseram que querem que o PT se mantenha na Presidência da República. O PSDB, em segundo, foi citado por 4,5% dos ouvidos.
Na intenção de voto estimulada (quando os nomes são apresentados), a pesquisa apresenta seis cenários. Dilma lidera nos quatro cenários em que aparece. Conforme o levantamento, Dilma Rousseff é a única em que 20,2% dos entrevistados votariam. No entanto, 41,6% disseram que não votariam nela de jeito nenhum.
A presidente tem o maior índice de rejeição entre os adversários. Dos ouvidos, 36,8% não votariam em Aécio Neves, 30,8% não votariam em Marina Silva e 33,5% não votariam em Eduardo Campos.
Reprodução Cidade News Itaú
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