Páginas

sábado, setembro 14, 2013

Polícia remove professores em protesto de praça no centro da Cidade do México

Policiais caminham por entre barracas destruídas de professores grevistas do do CNTE (Coordenadoria Nacional de Trabalhadores de Educação) que estavam acampados havia uma semana na praça Zocalo

A polícia mexicana removeu nesta sexta-feira (13) os professores que estavam acampados há um mês na praça principal da Cidade do México, em protesto contra a reforma educativa promovida pelo governo, uma operação que terminou com o saldo de 31 pessoas detidas e 15 feridas.

A operação começou às 16h20 locais (18h20 de Brasília), depois que os milhares de professores, membros da Coordenadora Nacional de Trabalhadores da Educação (CNTE), receberam das autoridades um ultimato para que deixassem de forma pacífica a Praça da Constituição da Cidade do México.

Às 14h locais (16h GMT) as autoridades deram um "prazo peremptório" de duas horas para que os professores deixassem o recinto e, apesar de alguns deles terem saído, outros permaneceram protegidos por barricadas à espera dos agentes.

Quando os policiais chegaram ao local, algumas pessoas lançaram diversos objetos contra eles, inclusive coquetéis molotov, conforme constatou a Agência Efe. As forças policiais responderam com canhões de jatos d'água.

Os agentes detiveram 31 pessoas, disse mais tarde o comissário de Segurança Nacional, Manuel Mondragón, durante uma entrevista televisiva.

O comissário detalhou que os detidos estavam com pedras, coquetéis molotov, uma espécie de morteiro caseiro para lançar objetos à distância, e inclusive botijões de gás para serem utilizados como lança-chamas. Acrescentou que as pessoas detidas foram entregues à promotoria federal, que se encarregará de determinar sua identidade. Também assinalou que 15 policiais ficaram feridos.

Depois da operação de retirada, a maioria dos professores foi para a praça situada em frente ao Monumento à Revolução, enquanto uma comissão da CNTE se dirigiu à Secretaria de Governo para iniciar um diálogo com as autoridades federais, que durou menos de uma hora. O conteúdo da conversa não foi revelado.

A operação aconteceu dois dias antes do tradicional "Grito da Independência", um ato feito pelo presidente do México em uma das sacadas do Palácio Nacional, no Zócalo (praça central), onde um dia depois acontece o desfile militar por ocasião das festividades nacionais mexicanas.

Reprodução Cidade News Itaú

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!