Falar de dinheiro não pode. Da insatisfação da torcida corintiana também não. Das ex, Sthefany Brito e Barbara Berlusconi, nem pensar. Antes da conversa com Alexandre Pato, 24 anos, sua assessora chamou o repórter em um canto e pediu para não fazer as melhores perguntas. Durante a entrevista, ela funcionou como uma espécie de teleprompter, emitindo para o jogador sinais mudos de “sim, pode falar” ou “não, de jeito nenhum”. Junte-se a isso o fato de Pato não ser exatamente rápido em suas respostas e de que dispunha de pouco mais de uma hora para fazer tudo, inclusive as fotos, e é possível imaginar como foi a peleja com o jogador, convocado recentemente para a Seleção Brasileira.
A conversa começou assim: o diretor Dennis Carvalho, de “Sangue Bom”, disse no programa “SporTV” que você está namorando uma atriz da novela. Especulou-se que seria Isabelle Drummond… “Não sei quem é Dennis Carvalho”, balbuciou Pato com aquela expressão impenetrável que só um craque fora do campo é capaz de produzir [a revista já estava impressa quando Glamurama publicou o novo par do jogador, Sophia Marttar, socialite mineira filha do presidente da locadora Localiza, Salim Mattar]. Outra pergunta: o time cobra mais de um astro que tem um salário superior ao dos outros jogadores? (PODER apurou que seus vencimentos batem os R$ 500 mil, teto salarial do clube, mais R$ 300 mil em contratos publicitários). O teleprompter parece agitadíssimo, mas, ao que tudo indica, a lição de casa está benfeitinha: “Escuto tudo o que o treinador diz. Eu sou a pessoa que mais se cobra”, diz o jogador. E aquele sinal que você faz, com os dedos ao redor dos olhos, para comemorar os gols? Nesse ponto, a assessora interrompe e diz que Pato não pode contar, porque é um assunto pessoal e que o tal sinal não tem nada a ver com o gaza, originário dos guetos jamaicanos e tornado popular pelo corredor Usain Bolt.
Diante disso, não há saída a não ser partir para uma entrevista “questionário”. Gasta o dinheiro como? Gosta de carros, relógios, roupas…?“Estou vendendo minha Ferrari na Itália.” Ah, é? Por quanto? Pato olha para a assessora e ri para ganhar tempo. No Brasil, um modelo 458 semelhante ao dele custa cerca de R$ 1,6 milhão. Lá fora, pode sair por 200 mil euros. Não dão desconto para celebridade? “Pra mim, não deram.” Conta que customizou o carro, originalmente preto; envelopou-o de dourado e decorou as portas laterais com adesivos semelhantes aos de um avião caça Mustang.
O fotógrafo chama para o estúdio. Pato veste um terno Gucci xadrez, cool toda vida, da produção. Na Itália, ele só usava Dolce & Gabbana. E no Brasil? “Ah, visto muitas marcas.” Nitidamente, ele não quer se associar a grifes. Jantar fora? Gosta de ir em “muitos” restaurantes. Balada? “Fui, mas não me lembro o nome.” E o Rolex no pulso? Mais risos. “Muita coisa é presente.” Ele volta do camarim com o segundo look, um terno Bottega Veneta alinhadíssimo. Pode dizer se é vaidoso? Pode. É. Estranha o produto que colocaram em seu cabelo. O cabeleireiro espera Pato sair de perto para dizer: “O cabelo dele está alisado. Usei um gel para ficar legal”. Alisado? Sim, e tem reflexo também. As sobrancelhas estão aparadas. Os dentes, alvíssimos. Ah, esses jogadores de futebol. À saída, Alexandre Pato veste uma camiseta do “acervo pessoal” com uma estampa da Mona Lisa usando óculos escuros e os dizeres: “I’m in France just for holiday”. Entra no Land Rover envelopado de preto, a rua toda olhando. Onde comprou a camiseta? “Na Itália! Essa é Yves Saint Laurent!” Ué, pode?
Reprodução Cidade News Itaú
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