O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse neste sábado (31) que o país decidiu realizar uma ação militar na Síria. "Decidi que os EUA devem atacar a Síria", disse em entrevista coletiva de imprensa na Casa Branca.
Obama, porém, declarou que não fará isso sem antes submeter a decisão ao Congresso, que deverá debater e votar sobre a investida. O Congresso, no entanto, volta do recesso em 9 de setembro, o que indica que o aval para um real ataque só deve acontecer depois dessa data.
A ação militar dos EUA seria uma retaliação ao governo sírio, acusado de usar armas químicas contra civis no país. Obama falou que o episódio foi o "pior ataque químico do século 21".
A Síria vive uma guerra civil desde 2011, entre grupos rebeldes e forças do governo, que causou um enorme êxodo do país, com milhões de refugiados, e mais de 100 mil pessoas mortas.
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"Estou confiante que o governo fará o que tiver que ser feito", disse Obama. "Que mensagem nós daremos se não fizermos nada?"
Obama disse ainda que o país "não pode fechar os olhos para o que está acontecendo em Damasco" e que ele não foi eleito para "evitar decisões difíceis".
O presidente citou que as imagens divulgadas de pessoas queimadas, as quais chamou de 'terríveis', foram um "insulto a dignidade humana".
Logo após o pronunciamento de Obama, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse que "entende e apoia" a decisão do presidente dos Estados Unidos.
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Na quinta-feira, Cameron teve que desistir de participar dessa operação militar após perder uma votação no Parlamento.
Antes do anúncio, legisladores dos EUA já pressionavam o presidente por mais informações, e muitos expressavam reservas sobre o custo e o impacto dos potenciais ataques.
O anúncio acontece um dia depois de a Casa Branca divulgar um relatório no qual aponta o regime de Damasco responsável pelo ataque com armas químicas em 21 de agosto, que matou pelo menos 1.429 civis, sendo um terço deles crianças.
A maioria dos norte-americanos não querem que os EUA façam uma intervenção na Síria. Uma pesquisa Reuters/Ipsos feita nesta semana mostrou que apenas 20 por cento acreditam que o país deveria tomar uma ação, isso ante nove por cento uma semana antes
Reprodução Cidade News Itaú
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