O número de vítimas do terremoto que sacudiu o sudoeste do Paquistão nesta terça-feira (24) subiu para 208 mortos e quase 400 feridos, mas as autoridades acreditam que os números ainda devem aumentar durante o dia, disseram fontes oficiais à Agência Efe nesta quarta-feira.
"Registramos mais de 370 pessoas feridas, mas as equipes de resgate ainda estão trabalhando e ainda tem gente presa, com vida ou não, sob os escombros", explicou o porta-voz de um organismo local de gestão de desastres, Saifuraman Khan.
Khan detalhou, além disso, que os trabalhos de resgate se concentram em Awaran, e as localidades mais afetadas foram nesse distrito e na região vizinha de Mashke, na remota província de Baluchistão.
O epicentro do terremoto, ocorrido ontem pela tarde e que teve magnitude de 7,7 graus na escala Richter, foi localizado na área de Khuzdar, a mais de 200 quilômetros de Awaran e a 10 quilômetros de profundidade, segundo o Departamento Meteorológico do Paquistão.
"Ao meio-dia chegarão equipes especializadas de resgate e esperamos acelerar os trabalhos de ajuda", disse à Efe o porta-voz da Autoridade Nacional de Gestão de Desastres (NDMA), Kamran Zia, que reconheceu que ainda é esperado um aumento no número de vítimas.
Zia explicou que helicópteros do Exército foram enviados para a região para transferir os feridos mais graves para as cidades de Quetta (oeste) e Karachi (sul) e que durante o dia será montado um hospital de campanha em Awaran. As autoridades das áreas afetadas, citadas pela imprensa local, solicitaram o envio de água potável e remédios para a região.
Nascimento de uma ilha
Os tremores foram sentidos até na capital indiana, Nova Déli, mais de mil quilômetros a leste do epicentro, onde edifícios sacudiram.
O terremoto foi tão forte que causou uma elevação do fundo do mar e criou uma pequena ilha a cerca de 600 metros da costa paquistanesa de Gwadar, no Mar Arábico.
As emissoras de televisão mostraram imagens de um trecho de terreno rochoso elevando-se acima do nível do mar, com um grupo de pessoas perplexo reunido na praia para testemunhar o fenômeno raro.
Reprodução Cidade News Itaú
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