O brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, 69, adverte que o acordo entre EUA e Rússia para o fim das armas químicas na Síria não interrompe a guerra civil que tomou conta do país de Bashar al-Assad.
Pinheiro preside a Comissão de Inquérito da ONU que investiga os crimes contra os direitos humanos no conflito na Síria desde 2011.
"A indignação não deve ser só com as armas químicas. A guerra convencional continua", diz ele à Folha.
Ele apresenta hoje em Genebra, na Comissão de Direitos Humanos da ONU, o mais recente relatório do grupo que preside. O documento menciona uma série de violações à lei internacional cometidos pelo governo e pelas forças de oposição na Síria.
Na entrevista, ele afirma que a comunidade internacional cometeu erros no processo de paz, defende uma solução negociada, mas aponta problemas geográficos e políticos que dificultam um acordo. "Não existe solução militar. Nem governo nem oposição têm condição de vitória sobre o outro."
Reprodução Cidade News Itaú
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