A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, disse nesta quarta-feira (19) que recebeu informações das gigantes petroleiras Exxon Mobil, americana, e as britânicas BP e BG de que elas não participarão do leilão da reserva petrolífera de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos.
Magda disse ainda que esperava que até 40 empresas participassem do leilão, mas que a "conjuntura" fez com que o número fosse menor.
Esse é o primeiro leilão que vai conceder áreas para exploração de petróleo e gás natural na região do pré-sal sob o regime de partilha de produção. O leilão está marcado para 21 de outubro.
Segundo o cronograma do edital, a previsão é que a assinatura do contrato com os consórcios vencedores ocorra em novembro.
A concessionária terá que repassar à União uma parte do óleo que produzir – por isso o regime é chamado de partilha. Vence a licitação quem oferecer a maior fatia de produção à União.
A empresa que vencer o primeiro leilão de exploração de petróleo na região do pré-sal sob o regime de partilha da produção terá que pagar à União um bônus de R$ 15 bilhões.
Segundo a ANP, as recentes descobertas no campo de Libra mostram um volume "in situ" (volume de óleo ou gás existente em uma região) esperado de 26 bilhões a 42 bilhões de barris. Com uma recuperação estimada em 30% do volume total, a perspectiva é que Libra seja capaz de produzir de 8 a 12 bilhões de barris de petróleo.
Taxa de participação
Magda também informou que pelo menos 12 empresas pagaram a taxa de participação no leilão da reserva petrolífera.
O prazo para pagamento da taxa, de pouco mais de R$ 2 milhões, terminou na quarta-feira. A expectativa é que a ANP divulgue ainda nesta quinta um levantamento completo das empresas que se inscreveram para o leilão.
Na terça-feira, a diretora-geral da agência reguladora tinha informado que um total de 18 empresas pagaram taxas para acessar dados da reserva de Libra.
O Brasil espera uma produção de 1 milhão de barris por dia da área de Libra, a maior reserva de petróleo já descoberta no país.
Pelas regras da partilha, vencerá o leilão o consórcio que apresentar a maior parcela do óleo de Libra destinada à União. Mesmo que não participe do consórcio vencedor, a Petrobras será, por lei, operadora de Libra e terá participação mínima de 30% na área.
Reprodução Cidade News Itaú
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