Um terremoto de magnitude 6,9 (forte intensidade) na escala Richter atingiu nesta quarta-feira (25) a região de Arequipa, no Peru, deixou seis feridos, e provocou deslizamentos de terra, interrupção no fornecimento de energia elétrica e bloqueios nas rodovias.
O presidente do Peru, Ollanta Humala, que está em Nova York para a Assembleia-Geral da ONU antecipou seu retorno ao país para atender à emergência causada pelo terremoto.
"Estamos acelerando as atividades para poder viajar o mais rápido possível, provavelmente amanhã. Felizmente o que nos tranqüiliza é que não houve vítimas e o governo já está atuando", declarou a uma rádio peruana.
O chefe da Defesa Civil já foi para a região do terremoto, que causou o desmoronamento de um número ainda não sabido de casas, afundamento de vias em vários distritos da província de Caravelí, onde estava o epicentro do tremor.
O presidente Humala informou que "não há neste momento uma situação que fuja do controle".
No distrito de Endoidece uma parte da estrada Pan-Americana Sul afundou, o que provocou o corte do trânsito em dois quilômetros dessa importante via, confirmou a polícia de Estradas.
O forte tremor aconteceu as 11h42 (local, 13h42 em Brasília) em Arequipa e, com menor intensidade, em várias cidades, como Lima, Moquegua, Ica, Tacna e Huancavelica.
De acordo ao relatório do IGP (Instituto Geofísico Peruano), o epicentro do terremoto estava a 64 quilômetros ao sul do distrito de Lombadas, província de Caravelí, na região Arequipa, a uma profundidade de 30 quilômetros.
Mineiros teriam morrido em poços de cobre
Segundo relatos de membros do governo de cidades atingidas pelo tremor, autoridades do Peru se apressavam para resgatar mineiros supostamente presos em poços de cobre após o tremor.
Na região de Arequipa, autoridades foram informadas sobre vítimas fatais após desmoronamentos em minas de cobre, que operam em grande parte fora da lei. No entanto, elas afirmaram que não podiam confirmar a ocorrência de mortes.
"Ouvimos que pessoas morreram perto das minas Huarato e La Verde, que são pequenas minas de cobre informais", disse à Reuters Juan Flores, um funcionário do governo da cidade de Acari.
Autoridades policiais e do governo viajaram para a área remota de mineração para ajudar as pessoas supostamente presas, segundo Flores.
Fontes do governo regional de Arequipa disseram à Reuters que houve relatos de que três pessoas haviam morrido nas minas. O tremor também teria derrubado casas em uma província pouco povoada na região de Arequipa.
Operações de mineração em grande escala na região --na mina Toquepala, da Southern Copper; na mina Cerro Verde, da Freeport-McMoRan, e na mina de minério de ferro da Shougang Hierro Peru-- continuavam normalmente após o terremoto, afirmaram líderes sindicais e um representante de empresa à Reuters.
O epicentro do terremoto, localizado a 46 quilômetros de profundidade, aconteceu 46 quilômetros ao sul da cidade de Acari, na região de Arequipa, afirmou o Serviço Geológico dos Estados Unidos.
Moradores da província de Caraveli, em Arequipa, relataram danos estruturais.
"Casas caíram, muros caíram, especialmente aquelas feitas de tijolo de argila", disse Santiago Neyra, um prefeito da região, à rádio RPP.
Um morador de Acari afirmou à rádio RPP que um morro desmoronou, bloqueando uma estrada.
O terremoto sacudiu prédios na capital, Lima, a 504 quilômetros de distância, disseram testemunhas à Reuters.
As autoridades peruanas não emitiram qualquer alerta de tsunami. O serviço de emergência nacional do Chile disse que o terremoto também foi sentido no norte do país, mas que nenhum dano foi relatado.
O último terremoto de grande magnitude, de 7,9 graus, aconteceu em 2007 na região de Ica e deixou 500 mortos e causou milionárias perdas econômicas.
Reprodução Cidade News Itaú
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