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sexta-feira, setembro 13, 2013

Ex-PM João Grandão vai a júri por homicídio dia 1º de outubro, em Natal

João Maria da Costa Peixoto, o João Grandão (Foto: Fred Carvalho/G1)O ex-soldado da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, João Maria da Costa Peixoto, o João Grandão, vai a júri popular  no dia 1º de outubro, às 8h, no Fórum Desembargador Miguel Seabra Fagundes. O irmão dele, Manoel da Costa Peixoto (o Néo), que é ex-sargento da PM, também sentará no banco dos réus. Ambos são acusados de matar José Cremildo Fernandes, executado a tiros em dezembro de 2008, no bairro Bom Pastor, zona Oeste da capital. O filho de Cremildo, um adolescente de 13 anos, escapou dos tiros. O julgamento foi confirmado pelo Tribunal de Justiça do RN e será presidido pela juíza Eliana Alves Marinho, titular da 1ª Vara Criminal de Natal.
Para o advogado Marcus Alânio Martins Vaz, os irmãos são inocentes. “Isso será provado. A única prova que a promotoria tem é o depoimento do garoto, que alega ter ouvido um apelido. A própria Justiça, inclusive, já os absolveu da acusação de tentativa de homicídio do adolescente. Seria uma contradição, uma injustiça, condená-los por este crime. Eles não mataram José Cremildo”, pontuou.
João Grandão está preso na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, cidade da região metropolitana de Natal. Néo, encontra-se detido no quartel da PM na cidade de Nova Cruz, a pouco mais de 90 quilômetros da capital.
Os irmãos Peixoto ganharam notoriedade na mídia potiguar em 2005, quando foram apontados pelo Ministério Público como líderes de um suposto grupo de extermínio. Na época, João, Néo e outros 13 policiais foram presos suspeitos de terem executado pelo menos 26 pessoas na Grande Natal. Pouco tempo depois, todos foram postos em liberdade.

Advogado Marcus Alânio Martins Vaz (Foto: Fred Carvalho/G1)João e Néo voltaram a ser detidos em 2009, quando se apresentaram espontaneamente à polícia, após serem apontados, também pelo Ministério Público, como autores do homicídio de José Cremildo.
A morte de Cremildo
José Cremildo estava numa motocicleta com o filho quando foi assassinado a tiros. O crime aconteceu no dia 26 de dezembro de 2008 em frente a uma borracharia na avenida Napoleão Laureano (Km 6), no bairro do Bom Pastor, zona Oeste de Natal. Segundo as investigações, dois homens, também numa moto, se aproximaram e atiraram na vítima. O filho de Cremildo teria sido poupado. O Ministério Público afirma que João Grandão e Néo executaram a vítima para se vingar. No mesmo processo, os irmãos também foram acusados pela tentativa de homicídio contra o filho de Cremildo. Desta acusação, ambos foram inocentados.
A vingança contra Cremildo se daria pelo fato, ainda de acordo com a denúncia do MP, de que a vítima teria atentado contra a vida de João Grandão no dia 8 de setembro daquele mesmo ano, quando três homens armados o abordaram em frente da casa da mãe dele, localizada na rua Maceió, em Neópolis, na zona Sul da cidade.
Naquele dia, a Polícia Militar informou que criminosos haviam efetuado 23 tiros contra o carro do ex-PM, sendo que cinco o atingiram. Dois acertaram os braços, uma bala penetrou a região lombar e outros dois disparos atingiram a perna esquerda. No revide, João Grandão acabou matando um dos indivíduos. Dos dois que conseguiram escapar, apenas José Cremildo foi identificado e reconhecido por João.

Reprodução Cidade News Itaú

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