Em uma das interceptações telefônicas, como apontou uma reportagem exibida no telejornal "SBT Brasil", exibido na noite desta sexta-feira (27), Luciane disse: "Como estou lá como captadora principal, eles arrumam reuniões com prefeitos o dia inteiro quando estou em Brasília".
Os encontros eram realizados em uma casa em um bairro nobre de Brasília, local da sede da Invista. A empresa foi utilizada pela quadrilha para desviar R$ 50 milhões de fundos de previdências de servidores públicos.
Além de prefeitos, segundo a reportagem, Luciane tinha contato com outros políticos. Um deles o deputado estadual Samuel Belchior (PMDB-GO). Em uma ligação, Belchior fala das armas que a musa do Avaí pode usar: "Um poder grande que você tem é o físico. Então, a pessoa se aproxima primeira pela beleza, depois por outras coisas. Uma coisa leva à outra. Então vá com cuidado".
Em outra conversa, Belchior leva a entender que está trabalhando para Luciane. "Minha chefa não me atende", disse ele, que depois acrescentou: "Estou trabalhando bonito para você". Segundo o inquérito da Polícia Federal, uma ligação entre dois lobistas revela o dinheiro que passou pelas mãos da musa. Um deles chegou a dizer que "R$ 11 milhões passaram pela aquela mãozinha".
Apesar das evidências, o advogado de Luciane, Humberto Carlos dos Santos, nega que ela estivesse envolvida com a quadrilha. "Ela é uma agente credenciada para se fazer coletagem. E essa questão de se buscar fundos para ser aplicadas em algumas empresas é um procedimento normal em todo o mercado", afirmou ele, em entrevista ao SBT.
Reprodução Cidade News Itaú
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