Ao fim do G20, reunião que terminou nesta sexta-feira (6), em São Petersburgo, na Rússia, a Casa Branca divulgou um comunicado conjunto assinado por 11 países que se dizem favoráveis a uma intervenção na Síria.
O texto, porém, não fala de que natureza seria a tal intervenção.
A lista inclui Arábia Saudita, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Espanha, França, Itália, Japão, Reino Unido e Turquia, além dos EUA.
Leia a íntegra do comunicado
"Os líderes e representantes dos EUA, Canadá, França, Reino Unido, Itália, Espanha, Turquia, Japão, República da Coreia, Austrália e Arábia Saudita fizeram a seguinte declaração às margens do encontro do Grupo de 20 países em São Petersburgo, Rússia:
A norma internacional contra o uso de armas química é de longo prazo e universal. O uso de armas químicas em qualquer lugar diminui a segurança da população em todo lugar. Sem ser contestada, aumenta o risco de aumento no uso e proliferação destas armas.
Nós condenamos nos termos mais fortes o terrível ataque com armas químicas no subúrbio de Damasco em 21 de agosto, que tirou as vidas de tantos homens, mulheres e crianças. A evidência aponta claramente para uma responsabilidade do governo sírio pelo ataque, parte de um padrão de uso de armas químicas pelo regime.
Pedimos uma resposta internacional forte a esta grave violação das normas mundiais e a ciência de que isso enviará uma mensagem clara de que este tipo de atrocidade não pode jamais se repetir. Aqueles que cometeram estes crimes devem ser responsabilizados.
Os signatários têm apoiado consistentemente uma resolução firme do Conselho de Segurança da ONU, dada sua responsabilidade (do Conselho) de liderar a resposta internacional, mas admitem que o Conselho permanece paralisado, como tem estado por dois anos e meio. O mundo não pode esperar por intermináveis processos falidos que só fazem prorrogar o sofrimento na Síria e criar instabilidade regional. Nós apoiamos os esforços da ONU e de outros países para reforçar a proibição no uso de armas químicas.
Nos comprometemos a apoiar esforços internacionais de longo prazo, inclusive via Nações Unidas, para endereçar o crescente desafio à segurança imposto pelos estoques de armamento químico da Síria. Os signatários também apelam à missão de investigação da ONU que apresente seus resultados o quanto antes, e ao Conselho de Segurança que aja de acordo (com as conclusões).
Condenamos nos mais fortes termos toda violação de direitos humanos na Síria, dos dois lados. Mais de 100 mil pessoas foram mortas no conflito, mais de 2 milhões se tornaram refugiadas, e aproximadamente 5 milhões estão desalojadas internamente. Reconhecendo que o conflito na Síria não tem uma solução militar, reafirmamos nosso compromisso de buscar uma solução pacífica por meio da implementação plena do Comunicado de Genebra de 2012. Estamos comprometidos com uma solução política que resultará numa Síria unida, inclusiva e democrática.
Temos contribuído generosamente com os últimos apelos da ONU e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha com por ajuda humanitária e continuaremos a dar apoio destinado às crescentes necessidades humanitárias na Síria e seu impacto nos países da região. Saudamos as contribuições anunciadas pelos países participantes do G20. Pedimos a todos os envolvidos que permitam acesso seguro e sem entraves àqueles que necessitam."
Reprodução Cidade News Itaú
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