Betinho oficializa desfiliação do DEM e vai buscar novo partido para eleições 2014

O deputado federal Betinho Rosado acaba de oficializar o pedido de desfiliação do Democratas. Ele apresentou o documento ao Diretório Municipal do partido e comunicação a Justiça Eleitoral (33ª zona, onde vota), cumprindo, dessa forma, a palavra de que não continuaria no DEM, onde se sente discriminado.

A decisão de Betinho contraria a posição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que na semana passada negou o seu pedido de desfiliação por “justa causa”. Mesmo assim, o parlamentar garantiu que não ficaria no DEM, mesmo correndo o risco do partido pedir o mandato.

Numa entrevista à Rede Potiguar de Comunicação (RPC), Betinho chegou a afirmar que se ficasse no DEM encerraria a carreira pública, não participando, assim, das eleições do próximo ano. No entanto, o deputado vai buscar nova filiação e garante que será candidato à reeleição.

O PP e o PTB são as duas opções que Betinho, com prioridade para o primeiro. Só que o PP, hoje dirigido no RN pelo vereador natalense Rafael Motta, filho do presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Motta, é uma sigla bastante disputada o que certamente provocará dificuldades para Betinho.

No caso do PTB seria mais fácil,  já que a legenda é controlada no Estado pelo ex-deputado baiano Benito Gama, hoje ocupando uma das vice-presidências do Banco do Brasil.

Betinho Rosado, com um novo partido, poderá ter uma participação mais efetiva nas discussões da sucessão 2014, uma vez que ele já controla o PSC no RN, que é presidido pelo seu filho Betinho Segundo.

CONFRONTO

O pedido de desfiliação de Betinho é consequência do difícil relacionamento com o presidente nacional do Democratas, senador José Agripino Maia. Há meses que o deputado reclama do tratamento que vinha recebendo do líder. Inclusive, disse que nas eleições de 2010 não recebeu qualquer apoio financeiro do Democratas, acusando o partido de ter priorizado outros candidatos.

Já Agripino reagiu e afirmou que o partido pedirá o mandato na Justiça Eleitoral, sob a justificativa da infidelidade partidária.

Reprodução Cidade News Itaú