Subiu para 50 o número de mortos durante ataque de membros do grupo islamita Boko Haram contra o dormitório da Faculdade de Agricultura de Gubja, no Estado de Yobe, nordeste da Nigéria. Foi o que confirmou um político nigeriano à agência "BBC".
O grupo radical, que luta para derrubar o governo da Nigéria e criar um Estado islâmico, tem atacado instituições de ensino que não seguem os preceitos muçulmanos. Segundo a polícia, os criminosos entraram e abriram fogo dentro do alojamento da instituição durante a madrugada, enquanto os estudantes dormiam. Após matar os alunos, eles atearam fogo nas salas de aula e nos escritórios.
Os corpos dos mortos e os feridos, segundo o político, foram levados a um hospital de Damatru, a 714 km da capital Abuja. Funcionários do hospital, no entanto, afirmam que o número de mortos pode ser maior, já que esperam a chegada de novas ambulâncias e que muitos dos feridos estão em estado grave.
O reitor da instituição, Molima Idi Mato, disse à agência "Associated Press" também calcula que o número de mortos seja superior a 50. Segundo ele, as forças de segurança ainda estavam resgatando todas as vítimas e, ao menos, 1.000 alunos teriam conseguido fugir durante o ataque.
O ataque aconteceu dias após outras duas escolas serem alvos dos ativistas, que, segundo o governo nigeriano, deixou 27 pessoas mortas no Estado de Borno. No primeiro deles, que aconteceu na quarta-feira passada na população de Fulutari, seis pessoas morreram, enquanto no segundo, que ocorreu na quinta-feira em Kanumburi, morreram outras 21.
Desde o último dia 16 de maio, a Nigéria realiza uma ofensiva antiterrorista nos Estados de Yobe, Borno e Adamawa, no nordeste do país (todos eles sob estado de emergência), após um aumento da atividade criminosa nessa região, onde opera o Boko Haram e seguem ocorrendo ataques dos fundamentalistas.
O grupo, cujo nome significa em línguas locais "a educação não islâmica é pecado", luta para impor a sharia (lei islâmica) no país africano, de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul.
Outros atentados pelo mundo
Na Síria, um bombardeio contra a cidade de Al Raqa, deixou ao menos 14 pessoas mortas, a maioria delas estudantes. Outros 30 sírios ficaram feridos. O ataque, segundo grupos da oposição, foi provocado pela aviação militar síria e dirigido contra o Instituto Comercial de Ensino Médio de Ibn Tofayel.
Outro atentado com bomba em uma zona comercial próxima a uma delegacia na cidade de Peshawar, noroeste do Paquistão, deixaram ao menos 37 pessoas mortas e outras 80 feridas. Segundo as fontes citadas pela imprensa local, o atentado aconteceu na área de Qissa Khwani por volta das 11h (horário local, 3h de Brasília), e o explosivo foi colocada no interior de um veículo e ativado por controle remoto.
Reprodução Cidade News Itaú
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