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quinta-feira, setembro 26, 2013

Aquecedor errado pode ter provocado mortes de mãe e filhos

O proprietário do apartamento onde morreram mãe e quatro filhos em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, sob suspeita de vazamento de gás, comprou o modelo errado de aquecedor. Em depoimento, Antônio Aparecido das Neves Júnior afirmou que o equipamento era para gás de rua, já que havia um cano dentro do apartamento. O certo seria um aparelho de gás GLP, abastecido por botijão do condomínio.

A auxiliar de enfermagem Dina Vieira da Silva, de 42 anos, e de seus quatro filhos, de 7, 11, 12 e 16 anos, foram encontrados mortos no último dia 17, no apartamento onde moravam. A suspeita inicial era que as vítimas tinham sido envenenadas -- o namorado de Dina, o técnico Alex Guidone Pedraza, de 33 anos, chegou a ser preso, mas foi liberado depois que um laudo descartou envenenamento. Dina já havia registrado boletins de ocorrência contra o namorado por violência doméstica.

A análise do Instituto de Criminalística (IC) mostrou que existia um vazamento no aquecedor da cozinha. Uma testemunha que morou no mesmo imóvel deu um depoimento à polícia sobre a morte de seu marido no local, em 3 de junho. Cinco dias depois de se casar, Viviane Nascimento, de 20 anos, disse que passou mal no chuveiro antes de Lucas Nascimento, de 23 anos, morrer ao seu lado. No mesmo dia, ela também teve um aborto no sétimo mês de gestação.

O apartamento das vítimas fica em um condomínio residencial de classe média baixa e tem 44 metros quadrados. Segundo a polícia, o local estava fechado quando a porta foi arrombada por Pedraza, o subsíndico e um vizinho. As testemunhas dizem que havia cheiro de gás. Caso fique demonstrado que todas as mortes no imóvel foram provocadas por problema no aquecedor, a polícia deverá estudar se pode indiciar o proprietário ou a construtora do imóvel.

Reprodução Cidade News Itaú

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