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quarta-feira, setembro 18, 2013

Alemanha enviou à Síria 130 toneladas de subtâncias químicas de duplo uso

O governo alemão confirmou nesta quarta-feira (18) que entre 2002 e 2006 aprovou o envio à Síria de mais de 130 toneladas de produtos químicos que potencialmente puderam ser utilizados para fabricar armas químicas.

Essa foi a resposta do Executivo alemão com relação a uma consulta do partido A Esquerda. Os envios ocorreram durante a última legislatura do chanceler social-democrata Gerhard Schröder (2002-2005), que governava junto com os Verdes, e a primeira da atual chanceler (premiê) Angela Merkel, uma grande coalizão de democratas-cristãos e social-democratas.

Segundo cálculos do governo, foram enviados nos dois primeiros anos um total de 40 toneladas de material químico, enquanto que no período entre 2005 0606 o volume dessas partidas chegou a 97 toneladas.

Entre os produtos vendidos pela Alemanha à Síria se encontram o fluoreto de hidrogênio, fluoreto de amônia e fluoreto de sódio, assim como cianureto de potássio e de sódio.

Estes produtos são conhecidos como mercadorias de duplo uso, já que podem ser utilizados para fins civis e militares, e sua exportação deve ser aprovada explicitamente pela administração alemã.

Segundo dados do Executivo alemão, o regime sírio solicitou esses produtos por motivos civis, e o Ministério da Economia assegurou em uma nota de imprensa que "em todos os casos [os envios] foram aprovados para o uso civil dos produtos".

O regime sírio de Bashar al-Assad está sob suspeita após ser acusado de um ataque com armas químicas contra população civil que em agosto teria acabado com a vida de quase 1.500 pessoas e deixado cinco mil feridos, segundo estimativas da opositora Coalizão Nacional Síria, CNFROS.

Este suposto ataque esteve a ponto de desencadear uma intervenção militar contra Damasco liderada pelos Estados Unidos, embora finalmente a crise internacional derivou em um processo com supervisão internacional para que o regime de Assad destrua todo seu armamento químico.


Reprodução Cidade News Itaú

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