A hipótese de que a aposentada Odete Hoffmann Prá, de 88 anos, foi a autora dos três tiros que causaram a morte de um homem que invadiu seu apartamento em Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul, foi reforçada por um vídeo da câmera de segurança do prédio. O inquérito foi arquivado pela Justiça após pedido do Ministério Público. A cópia do vídeo foi entregue ao MP após o arquivamento (veja o vídeo acima).
Nas imagens, o homem aparece em frente à grade do apartamento da idosa, que fica no segundo andar do prédio, tentando deixar o local depois da invasão. Ele havia entrada pela janela do apartamento. É possível ouvir o diálogo entre os dois.
Idosa: Que tu quer?
Homem: Eu vou descer.
Idosa: O que tu quer aí?
Homem: Como é que desce?
Idosa: Hein?
Homem: Como é que desce?
Idosa: Hein?
Homem: Como é que desce?
Idosa: O quê?
Homem: Como é que desce?
(disparo é ouvido)
Idosa: Toma (outro disparo é ouvido). Toma
Homem: Deu, deu.
Idosa: Toma! Mais um (disparo é ouvido).
O invasor cai e é possível ouvir a respiração. Minutos depois, chega a Brigada Militar.
O invasor de 33 anos teria sido morto pela aposentada na noite de 9 de junho de 2012. Odete admitiu em depoimento ter matado o homem depois de ele invadir o apartamento onde ela vive sozinha, na esquina das Rua do Guia Lopes e Sinimbu. A polícia chegou a investigar a hipótese de que não foi ela a autora dos disparos, após o teste residuográfico feito na idosa não ter detectado vestígios de chumbo, bário e antimônio.
Segundo análise do Instituto-Geral de Perícias (IGP), o projétil retirado do corpo do assaltante também não teria sido disparado pela arma que Odete alega ter usado.
O delegado Joigler Paduano havia solicitado à Justiça a exumação do cadáver do homem para a retirada de um projétil que ainda estaria no corpo. A intenção era fazer uma nova perícia com o revólver calibre 32 que Odete afirma ter disparado. O pedido, no entanto, foi negado pelo Judiciário.
Para a promotora Sílvia Regina Becker Pinto, a versão da aposentada sobre a reconstituição do crime, feita em abril passado, é compatível com o que foi apurado pela polícia.
Reprodução Cidade News Itaú
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