A sentença do acusado de matar o radialista Francisco Gomes de Medeiros, o F. Gomes, ficará para esta terça-feira (6) em Caicó, na região Seridó do Rio Grande do Norte. João Francisco dos Santos, mototaxista conhecido como 'Dão', é apontado no processo como executor no crime. A decisão deve sair no fim da manhã ou no início da tarde. Nesta segunda-feira (5) foram ouvidas 12 testemunhas no Fórum Amaro Cavalcante. Vídeos com depoimentos de outras pessoas também foram exibidos. O crime aconteceu no dia 18 de outubro de 2010, quando o radialista foi morto a tiros.
A advogada de um dos acusados de matar F. Gomes abandonou o julgamento do caso. Maria da Penha Batista de Araújo fazia a defesa do réu Lailson Lopes, comerciante conhecido como 'Gordo da Rodoviária', apontado como um dos autores intelectuais do crime. Ele também seria julgado nesta segunda. Outras quatro pessoas, também acusadas de envolvimento na morte do radialista, não paticipam do júri.
A advogada Maria da Penha alegou foro íntimo para deixar o fórum. Por ter abandonado o processo, ela foi multada em 50 salários mínimos, que devem ser pagos em 20 dias. O júri está sendo presidido pelo juiz Luiz Cândido de Andrade Villaça. O 'Gordo da Rodoviária' e 'Dão' foram denunciados, respectivamente, por autoria intelectual e material do homicídio. O mototaxista é réu confesso. Ele admitiu ter puxado o gatilho. Já o comerciante, nega ter qualquer envolvimento no crime.
Os demais acusados - o advogado Rivaldo Dantas de Farias, o ex-pastor evangélico Gilson Neudo Soares do Amaral, o tenente-coronel Marcos Antônio de Jesus Moreira e o soldado da PM Evandro Medeiros - ainda aguardam sentença de pronúncia, procedimento em que o juiz decidirá se eles também sentarão no banco dos réus ou não. Todos negam.
O tenente-coronel, o soldado e o advogado aguardam a sentença de pronúncia em liberdade. O único que está preso é o ex-pastor, que cumpre pena por tráfico de drogas em Pau dos Ferros.
O soldado Evandro foi o único denunciado por homicídio simples - já que ele foi apontado apenas como o guardião da arma usada para matar o radialista. Se for levado a júri popular e condenado, sua pena pena pode variar de 6 a 20 anos de cadeia. Para os outros (todos denunciados por homicídio triplamente qualificado) a pena é mais rígida e vai de 12 a 30 anos de prisão. Segundo o promotor criminal Geraldo Rufino, foram levados em consideração três agravantes: motivo fútil, emboscada e morte mediante promessa de recompensa.
Reprodução Cidade News Itaú
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