A Secretaria de Estado da Educação retomou o diálogo com os dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinte) na manhã desta segunda-feira (26). Apesar da pequena adesão de professores à greve e do mérito da ilegalidade ainda não ter sido julgado pela Justiça, a secretária Betania Ramalho preferiu dar continuidade às conversas que vinham ocorrendo antes mesmo da paralisação, para que haja um entendimento.
“Mesmo sendo um grupo pequeno, segundo os nossos relatórios, a ausência desses professores grevistas não deixa de causar prejuízos para os alunos das escolas a que eles pertencem. Por esse motivo, resolvemos conversar, até porque reconhecemos a importância do diálogo com o sindicato para as conquistas de uma categoria”, ressaltou Betania Ramalho.
Na reunião, foi anunciado que, até outubro, o governo encaminhará à Assembleia Legislativa o projeto de lei que altera o porte das escolas, aumentando o valor da gratificação dos diretores e vice-diretores, assim como o projeto de lei das promoções horizontais, que autoriza o governo a conceder uma letra aos professores.
Outro ponto discutido foi a alteração de dois artigos do Plano de Cargos, Carreiras e Salários do Magistério Estadual. Esses artigos tratam de regras para promoção e mudanças na jornada de trabalho, devido à implantação do terço da hora atividade para planejamento. A proposta de alteração também deve ser enviada à Assembleia. De maneira geral, houve entendimento entre os que participaram da reunião e a expectativa é que o fim da greve seja oficializado na próxima assembleia sindical.
Sobre o corte de ponto dos grevistas, o Sinte solicitou a suspensão da medida, mas a secretária ficou de avaliar a decisão caso a greve seja oficialmente encerrada. “Se vier a acontecer, iremos cobrar a reposição imediata das aulas que não foram ministradas. Mas esse é um ponto que ainda estamos estudando e discutindo, até porque, segundo a Procuradoria Geral do Estado, temos legitimidade para cortar o ponto de quem não trabalha”, afirmou Betania.
Nesta segunda-feira, a Coordenadoria de Recursos Humanos anunciou o número de 420 professores que aderiram à greve em todo o Estado. Logo, apenas 4% dos 10 mil professores que atuam em sala de aula, nos quadros da Secretaria de Estado da Educação, deixaram de registrar presença nos dias de paralisação. Dos 420, mais da metade estão lotados nas escolas de Natal.
A secretária também voltou a agradecer aos professores que decidiram pela manutenção de suas aulas. “Agradeço e volto a dizer que eles foram decisivos para garantir o direito dos alunos estarem em sala de aula, aprendendo. Os professores estão entendendo e compartilhando do nosso esforço em corrigir o rumo da Educação, para que eles próprios tenham melhores condições de trabalho, reconhecimento e possam avançar na oferta de um ensino de qualidade. É o professor quem faz a diferença”, concluiu Betania Ramalho.
Reprodução Cidade News Itaú
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