O clima no salão de recepções do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), antes da posse do novo presidente da instituição, o desembargador Amilcar Maia, não é dos melhores. O motivo foi o anúncio do rompimento da aliança entre PMDB e DEM, confirmando minutos antes, pelos líderes peemedebistas, em reunião fechada na sede do partido. A governadora Rosalba Ciarlini, visivelmente desconfortável para falar da situação, disse basicamente que o que muda no Governo são os cargos administrativos que o PMDB entregou no início da semana.
“Não acredito que a articulação em Brasília vá mudar. Eu não acredito que um potiguar, ou uma potiguar, que recebeu a confiança do povo, não queira dar as mãos para ajudar o Estado”, afirmou Rosalba Ciarlini, pedindo a reportagem do portalnoar.com “para falar da posse do novo presidente do TRE” e evitando novas perguntas sobre o PMDB.
Apesar de já ter trocado algumas palavras no salão do Tribunal Regional Eleitoral com o presidente da Câmara Federal e líder do PMDB no Estado, Henrique Eduardo Alves, e com o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, outra liderança peemedebista no Estado, Rosalba afirmou ao portalnoar.com que não foi sequer comunicada da decisão de rompimento. “Eu estou sabendo por você. Cheguei aqui agora. Estava no interior”, afirmou Rosalba Ciarlini.
Além da situação constrangedora ao lado dos peemedebistas que haviam acabado de anunciar o rompimento, justamente, porque a gestão da governadora não estava “agradando as bases do partido”, Rosalba Ciarlini teve que aguentar a ausência, no evento, de outros dois grandes aliados (que vivem a possibilidade de, também, romper com o governo): o deputado federal João Maia, presidente do PR no Estado, e o deputado estadual Ricardo Motta, presidente da Assembleia Legislativa.
Nesta semana, rumores sobre a possibilidade de rompimento dos dois partidos ganharam força, sobretudo, se fosse confirmada a saída do PMDB da base aliada. João Maia, por exemplo, afirmou ao portalnoar.com que conversaria com Henrique Eduardo Alves sobre a situação da aliança, porque o “PR havia aderido ao Governo junto com Henrique”.
A situação de Ricardo Motta é um pouco diferente. O deputado estadual está deixando o PMN e indo para o PP, partido que não deve apoiar uma eventual reeleição da governadora Rosalba Ciarlini.
Reprodução Cidade News Itaú
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