A população de Macau, ao que parece, não está nada satisfeita com a atual gestão municipal. Isso porque o município não é um dos mais pobres do Rio Grande do Norte, pelo contrário. Contudo, passa por uma grave crise financeira, que provocou até demissões em massa e atrasou o pagamento dos servidores que foram demitidos. Por isso, não foi por acaso que centenas de manifestantes foram paras as ruas neste final de semana para protestar e perguntar: a onde foram parar os quase R$ 50 milhões que o município já recebeu este ano?
Segundo o suplente de vereador Carlinhos do Valadão, o prefeito de Macau, Kerginaldo Pinto, do PMDB, fechou programas e serviços ligados à saúde que recebiam verbas federais e que a gestão municipal tinha, unicamente, que dá como contrapartida a mão de obra para executar as ações. “Contudo, como houve demissões em massa, ele não teve como continuar os serviços. E nem pagou a boa parte dos servidores que saíram da Prefeitura”, contou Carlinhos.
Esse, claro, é só um dos exemplos da suposta má gestão do atual prefeito de Macau. Contudo, seria possível citar muitos outros casos, segundo Carlinhos do Valadão. “Teve uma quadra de esportes em Macau que foi inaugurada no final da gestão passada e ele reformou. Pagou R$ 8 mil pela reforma, mas é possível perceber que só foi feita mesmo foi uma pintura na quadra. E o pintor ainda era do prefeito”, reclamou o suplente de vereador.
A intenção dos manifestantes, segundo antecipou Carlinhos do Valadão, é assinar um pedido de instauração de Comissão Especial de Inquérito (CEI), para investigar onde foram parar esses milhões que o município já recebeu de repasses federais, sobretudo, dos royalties.
Vale lembrar que a situação do prefeito de Macau, politicamente, não é nada fácil. Na semana passada, ele viu o vice-prefeito da cidade, Einstein Barbosa, também do PMDB, anunciar o rompimento político. A decisão seria baseada na discordância dele com a situação administração do município e, claro, a exoneração em massa, que teria, segundo Einstein Barbosa, comprometido o funcionamento da máquina pública.
Segundo o vereador Décio Cabral, a CEI vai ser responsável por analisar os gastos públicos com a contratação de postos de gasolina, alugueis de imóveis. “Queremos saber o que aconteceu com o dinheiro que o Município já arrecadou até agora. Já foram mais de R$ 50 milhões e agora o prefeito diz que está sem dinheiro, mesmo sem ter melhorado a situação da saúde pública, da educação”, afirmou Décio Cabral.
Isso porque apesar de estar sofrendo com a situação política, o prefeito continua com maioria na Câmara Municipal de Macau. Apenas Décio, que já era oposição, e mais dois parlamentares, que eram situação antes da crise, garantiam o voto para a instauração da Comissão Especial de Inquérito.
Reprodução Cidade News Itaú
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