Após receber a notícia da arquivação do processo de investigação do caso da morte do filho Kevin Espada, o pai Limbert Beltran mostrou surpresa e decepção. Impotente, Beltrán lamenta ter acreditado demais na Justiça e em seus advogados e dz que esperava mais do Corinthians, que, segundo ele, tratou o caso como uma negociação de jogador.
"É muito injusto o que acontece. Vejo que as pessoas são duras, insensíveis, acham que o que importa é dinheiro, mas não há dinheiro que pague a perda de um um filho, que resolva", disse, em entrevista ao jornal Lance!.
Linbert diz ter confiado em seus advogados e na Justiça para que o caso fosse resolvido, já que ele e sua família são "ignorantes em leis". Apesar da confiança, o pai do jovem morto em Oruro diz que já esperava que o jovem corintiano que assumiu a culpa do disparo do sinalizador que acertou Kevin saísse impune.
"Este jovem estará na rua, solto e feliz, e nada vai acontecer. Aconteceu o que eu esperava. Sinto uma impotência, pois confiei demais em quem não devia e agora não vejo como fazer mais nada", admite, sem eperanças.
O boliviano ainda acusa a Justiça de seu país de ter se deixado manipular por questões políticas nas investigações e ter agido por dinheiro. "Pensava que o Brasil era um país diferente, com mentalidade avançada, mas paro para pensar e vejo que é o mesmo que a Bolívia. As coisas acontecem por interesse. Isso é triste, lamentável".
Mas a decepção de Limbert Beltran não é só com a Justiça, como também com o Corinthians, que se dispôs a ajudar a família, mas não tratou o caso como o boliviano esperava. Primeiro, o clube paulista ofereceu US$ 200 mil para a família,, por meio de um deputado, mas depois baixou a oferta para US$ 50 mil.
"Não tive outra alternativa. Parecia negociação de jogador. Eu me arrependo de ter esperado, de ter demorado. Talvez, se tivesse mais dinheiro antes, poderia ter tentado pelas próprias mãos fazer algo, não confiar na Justiça Pública. Eu esperava mais do Corinthians, me pareceu que eles só quiseram aparecer para a imprensa, mas não estavam realmente interessados na situação".
Reprodução Cidade News Itaú
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