Sem respirador à disposição no
Hospital dos Pescadores, no bairro das Rocas, zona Leste de Natal, o pedreiro
Francinaldo Batista, de 46 anos, foi atendido no improviso pela equipe médica
no local. Um respirador manual foi utilizado durante cinco horas até a chegada
do equipamento adequado, porém o paciente não resistiu e morreu na noite desta
quarta-feira (14). (veja o vídeo ao lado).
De acordo com a equipe médica, o
ideal seria que Francinaldo fosse atendido em uma Unidade de Terapia Intensiva
(UTI). A Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) informou que o pedreiro seria
levado para o Hospital Giselda Trigueiro quando estivesse em condições de ser
transferido. Já o Município, que é responsável pelo hospital, não deu resposta.
Aguardando a liberação do corpo na
manhã desta quinta-feira (15), a nora de Francinaldo, Gabriela Silva, culpou a
falta de estrutura do hospital pela morte do sogro. "Não tem como
explicar. Disseram que havia vaga, mas isso não chegou aos ouvidos dos médicos.
Poderia ter sido diferente com uma vaga de UTI e uma máquina de respiração. Os
médicos são ótimos, mas a estrutura é péssima, uma calamidade", desabafa.
A direção do Hospital dos Pescadores
afirma que o paciente ficou das 12h às 17h respirando com um aparelho
improvisado. O Hospital dos Pescadores conseguiu um respirador na Unidade de
Pronto Atendimento (UPA) de Pajuçara. O diretor da unidade hospitalar, Marcos
Pinheiro, reconheceu a falta de leitos de retaguarda para atender a demanda. O
Hospital dos Pescadores não possui UTI. Uma sala de estabilização é utilizada
para atender os pacientes mais graves.
No dia 31 de julho um jovem de 25
anos morreu em condições parecidas no Hospital dos Pescadores. Sem vagas de
UTI, ele morreu sem ter o atendimento adequado.
Reprodução Cidade News Itaú
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