Cinco torcedores da torcida
organizada Camisa 12 foram nesta segunda-feira protestar contra o atacante
Emerson. Com faixas improvisadas, eles pediram um pedido de desculpas do Sheik
pelo herói da Libertadores de 2012 ter postado uma foto dando um selinho em um
amigo.
"A nação inteira está
freneticamente indignada. Pode até ser a opção dele, mas nós estamos sempre
tirando sarro dos bambis [modo pejorativo com o qual é chamada a torcida do São
Paulo]. O mínimo que ele tem de fazer é um pedido de desculpas", disse
Marco Antônio, membro da diretoria da Camisa 12.
As faixas estendidas pelos torcedores
no estacionamento da imprensa diziam “Viado [sic] não”, “Vai beijar a P.Q.P.” e
“Aqui é lugar de homem”.
"A gente não quer ser
homofóbico, mas tem de ter respeito com a camisa do Corinthians. Aqui não vai
ficar beijando homem. Hoje são 5, amanhã são 50 e depois 500. Vamos fazer a
vida dele um inferno", disse Marco Antônio.
Presente no programa Donos Da Bola,
da Bandeirantes, nesta segunda-feira, Emerson disse que publicou a foto já
ciente de que geraria grande repercussão. A ideia era levantar questionamentos
relacionados à homofobia. O atacante definiu como "preconceito
babaca" quem tratou o assunto de maneira negativa.
“Em primeiro lugar eu acho que o
mundo do futebol é muito machista. Quero deixar claro que em nenhum momento
desrespeitei alguém. Lá [foto do selinho] era o Emerson pessoa. O Isaac [amigo]
é um cara que eu tenho imenso carinho, que agrega muito na minha vida. E o
Isaac é um queridão. A esposa dele está grávida, está vindo um menininho. E daí
a galera levou para um lado negativo. Acho que é um preconceito babaca”,
declarou Emerson.
“Tenho fotos beijando os meus filhos
e ninguém falou nada. A Hebe beijava todo mundo”, complementou.
Emerson postou a foto polêmica na
noite do último domingo. Nela ele aparece dando um selinho em Isaac Azar, dono
do restaurante Paris 6 e amigo do jogador. Na legenda, o atacante pedia o fim
do preconceito e que tinha de ser “muito valente” para comemorar assim.
A foto ainda deve dar alguma dor de
cabeça ao jogador. Os torcedores que foram ao CT chegaram a compará-lo a
Richarlyson. Quando ainda estava no São Paulo, o volante se viu envolvido em
uma polêmica quando um dirigente palmeirense disse que ele era homossexual.
A repercussão negativa foi grande e,
embora tenha negado a afirmação, Richarlyson nunca mais teve seu nome gritado
pelas organizadas do São Paulo. No caso de Emerson, o Corinthians foi até
consultado antes da publicação do selinho. O clube entendeu, porém, que como se
trata da conta pessoal do jogador não deveria intervir.
Reprodução Cidade News Itaú
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