Menino atropelado é enterrado no Rio

O corpo do menino Mateus Teixeira Canalonga, de 5 anos, atropelado por um motorista que fugiu de outra batida, na Ilha do Governador, foi enterrado nesta segunda-feira (5) no Rio. O clima no Cemitério da Cacuia era de consternação e revolta, como mostrou o RJTV.

"De repente eu só vi o carro em cima de mim. Em vez dele desviar, ele não desviou. Ele continuou na mesma direção. Quando eu fui olhar, meu filho estava arremessado no chão", disse, aos prantos, Fabiana Teixeira, sobre o acidente que matou seu único filho. "[O motorista] Não prestou nenhum socorro. Ele viu meu filho, porque meu filho parou em frente ao carro dele. Mesmo assim ele ainda cantou pneu e foi embora", denunciou, muito emocionada.

Antônio Pereira dos Santos, 33 anos, foi agredido por pessoas, ainda não identificadas, nas proximidades da Estrada do Galeão. Revoltados, moradores queimaram o carro e o motorista.

Antônio foi preso em flagrante e está sob a custódia da polícia no hospital. Ele é acusado de homicídio culposo, quando não há intenção de matar, lesão corporal, além de fuga do local do acidente de trânsito.

O caso aconteceu na noite de sábado (3). Segundo registro feito na 21ª DP (Bonsucesso), delegacia de plantão no fim de semana, Antônio bateu em um carro, na saída da comunidade, e em seguida perdeu a direção e atropelou Fabiana Cristina Fonseca Teixeira, que caminhava na calçada com o filho Mateus. Ela teve escoriações nas pernas, nos braços e na boca. Um amigo da mãe da criança também foi atropelado e teve ferimentos leves.

Segundo a Polícia Civil, moradores ficaram revoltados com o acidente e tentaram agredir o motorista. Antônio Pereira dos Santos teve o corpo queimado por testemunhas que estavam no local da batida. Ele foi levado para o Hospital Santa Maria Madalena, na Ilha do Governador, onde está internado em estado gravíssimo.

Segundo o registro de ocorrência da Polícia Civil, momentos antes do atropelamento, o motorista havia se envolvido, sem gravidade, em outro acidente na Estrada das Canárias, também na Ilha do Governador. Depois de bater num automóvel, ele teria fugido do local.

Os investigadores chegaram até o atropelador porque a placa do carro dele caiu no chão durante a batida. A polícia disse que o motorista não foi submetido ao teste de alcoolemia por causa da gravidade das queimaduras

Através da assessoria da Polícia Civil, o delegado José Otílio Bezerra, titular da 37ª DP (Ilha do Governador), investiga a tentativa de homicídio contra Antônio Pereira dos Santos, que foi agredido e teve o corpo queimado. Ainda segundo o delegado, equipes da delegacia estão realizando diligências para tentar localizar testemunhas e câmeras de segurança que ajudem na identificação dos agressores. O delegado também quer ouvir a mãe de Mateus.

Reprodução Cidade News Itaú