A jornalista Selma Barbosa Alves, de 53 anos, foi enterrada no fim da manhã desta quarta-feira (14), no Cemitério Parque, no bairro Nova Descoberta, zona Sul de Natal. Selma foi morta com um tiro na cabeça durante um assalto na madrugada no início da semana, em Salvador, onde ela morava há 20 anos. Amigos e familiares se despediram da jornalista em cerimônia realizada no Centro de Velório de Morro Branco.
"Ela era uma pessoa doce, sonhadora, muito batalhadora, que sempre amou o jornalismo. É lamentável que hoje o jornalismo tenha que noticiar uma crueldade como essa que fizeram com ela", disse Aglair Abreu, colega de faculdade de Selma.
A jornalista Denise Azevedo trabalhou com Selma na Inter TV Cabugi na década de 90 e falou com carinho da amizade que ultrapassou as barreiras do trabalho. "Selma era uma amiga de todas as horas, uma irmã que eu escolhi. Era uma pessoa muito íntegra, sincera. Ela esteve em Natal há mais ou menos 20 dias e estava cheia de planos para o futuro, com projetos para colocar em prática depois da aposentadoria. É muito triste perder uma pessoa dessa forma", disse.
Prisões
O irmão de Selma, Lenilson Barbosa, afirmou que ainda não sabia da prisão de dois suspeitos de terem praticado o assalto contra a jornalista e falou sobre o crime. "Quem fez isso foram seres humanos tomados pela maldade, não são animais, porque nem animais cometem uma atrocidade dessas. Eu acredito que a sociedade precisa de leis adequadas para punir o comportamento de bárbaros e selvagens que cometem crimes como este", disse.
A prima e madrinha da jornalista, Maria de Lourdes Alves, também falou sobre a brutalidade do crime. "Nós somos reféns dos bandidos e a impunidade é o que sustenta essa criminalidade. Eles estão soltos e nós presos, desarmados, vítimas da insegurança", disse.
Selma Barbosa Alves era servidora da Universidade Federal da Bahia (UFBA) há mais de 20 anos e trabalhava no laboratório de vídeo da Faculdade de Comunicação da instituição. No Rio Grande do Norte, Selma trabalhou na TV Universitária (TVU) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e na TV Cabugi.
Reprodução Cidade News Itaú
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