A goleada de 8 a 0 diante do Barcelona não para de fazer o Santos sangrar. Conselheiros do clube, a maioria de oposição, recolhem assinaturas para marcar uma reunião do Conselho Deliberativo e pedir a destituição de Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, o Laor, e de Odílio Rodrigues dos cargos de presidente e vice do Comitê de Gestão. Consequentemente, seriam afastados da presidência e da vice-presidência do clube. Não é a primeira fez que a oposição fala em impeachment.
Ao mesmo tempo, o presidente do Conselho Deliberativo, Paulo Schiff, marcou para esta terça uma reunião informal para que conselheiros ajudem a diretoria após o massacre na Espanha.
Sobre o pedido de impeachment, a assessoria de imprensa do Santos diz que o clube só irá comentar quando o requerimento for protocolado. No entanto, no grupo aliado de Laor a movimentação é vista apenas como uma manobra política para gerar notícia contra o comitê e o clube, sem base legal.
Os idealizadores do movimento para tentar derrubar Laor e Odílio afirmam que a dupla desrespeitou o artigo 68 do estatuto por terem “acarretado, por ação ou omissão, prejuízo considerável ao patrimônio ou a imagem do Santos”.
No documento, não explicam quais ações teriam provocado o prejuízo. Porém, ao pedirem assinaturas citam, principalmente, a humilhação em Barcelona. Os líderes afirmam já terem as 50 assinaturas necessárias para pedir a reunião.
Após a goleada, em nota publicada no site do clube, o Comitê de Gestão assumiu a responsabilidade pela derrota e afirmou ter consciência dos prejuízos à imagem do clube.
A manobra para o afastamento é complexa. Se a assembleia extraordinária for marcada, é preciso que seja aprovado o encaminhamento do pedido para a Comissão de Inquérito e Sindicância do Conselho. Nesse caso, o impeachment será analisado pela Comissão de Inquérito e Sindicância. Ela emitirá um parecer. Se a comissão pedir o afastamento, sua decisão tem que ser referendada por dois terços do Conselho, em votação secreta. Caso isso aconteça, os sócios votarão sobre o destino da dupla.
Por sua vez, em mensagem enviada aos conselheiros, o presidente do Conselho afirma que por causa do clima criado, especialmente pela derrota para o Barça, deve ser feita com urgência uma reunião para discutir propostas relativas à situação atual do clube. Ele também diz que “estamos todos com o estado de ânimo alterado”, mas pede serenidade.
Reprodução Cidade News Itaú
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