O ministro da Previdência, Garibaldi Filho (PMDB), disse nesta terça-feira que o governo Rosalba Ciarlini (DEM) não correspondeu à expectativa da população e que, por isso, resolveu colocar em prática algo que já era para ter acontecido há um certo tempo, qual seja o rompimento dele com o governo. “A questão agora é muito simples. O que eu tinha que falar, eu já falei. Agora, coloquei em prática. Passei da teoria para a ação o que se realmente deveria fazer, que foi o ato de entrega dos cargos”, afirmou Garibaldi.
Nesta segunda-feira, o secretário de Trabalho, Habitação e Assistência Social, Luis Eduardo Carneiro Costa, o diretor-presidente da Potigás, Fernando Dinoá, e os diretores da Fundação da Criança e do Adolescente (FUNDAC) e da Companhia Estadual de Habitação (CEHAB), todos indicados do ministro, solicitaram à governadora Rosalba exoneração dos respectivos cargos. Dessa forma, o ministro selou o rompimento dele com o governo Rosalba.
Ainda ontem, o presidente do PMDB, presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, divulgou uma nota na qual agendou para sexta-feira uma reunião da executiva estadual do PMDB, com vistas a discutir a relação do partido com o governo.
A expectativa é que o partido declare oficialmente o rompimento político com o governo do Estado, se preparando para lançar candidato próprio para governador nas eleições de 2014, candidatura que poderá ser a do próprio ministro, do presidente da Câmara ou do líder do PMDB na Assembleia Legislativa, deputado estadual Walter Alves. O partido pode também anunciar somente o rompimento, sem definição de candidaturas para o próximo ano.
SEM RESSENTIMENTO
O ministro da Previdência disse sair do governo Rosalba sem ressentimento ou postura de revanchismo. Para ele, o governo não vinha correspondendo às expectativas da população e a sua posição foi amadurecida. “Acredito que essa minha atitude não tem nenhum caráter de ressentimento, nem de revanchismo. É aquilo que eu já disse: o governo não vem correspondendo à expectativa da população”, afirmou, repetindo as palavras do deputado estadual Walter Alves.
Em entrevista ao Jornal de Hoje, o filho do ministro anunciou sua disposição de defesa do rompimento da legenda com o governo Rosalba Ciarlini e a entrega de todos os cargos indicados na gestão, afirmando que a legenda não precisa de participação no governo Rosalba para ajudar o RN, especialmente em Brasília, onde o PMDB potiguar desponta hoje força política e grande influência através do atual presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, e do ministro da Previdência do governo da presidente Dilma Rousseff. “É o que tenho a dizer. Walter já disse e outros membros da bancada também. Agora vamos ter a reunião da executiva, na próxima sexta”, frisou Garibaldi.
Sobre esta reunião, o ministro disse querer deixar o PMDB à vontade para discutir seu próprio destino. Ele prefere não abordar qual será o entendimento da legenda. “Quero deixar o partido à vontade. Eu queria tomar a atitude que deveria tomar, não quero forçar ninguém. Quero que o partido fique à vontade para se decidir”, observou. Para o ministro, a decisão de deixar o governo não foi precipitada, mas amadurecida. “Ela foi amadurecida e não queria criar constrangimento. O que vale agora é a prática, que era o que se dizia. A atitude. Sobre o futuro do PMDB, quem vai dizer é o partido”.
Reprodução Cidade News Itaú
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!