As autoridades do Panamá encontraram nesta quinta-feira explosivos e munição na embarcação norte-coreana retida em julho antes de atravessar o Canal do Panamá em direção ao oceano Pacífico com uma carga não declarada de equipamento militar cubano, informaram fontes oficiais.
O promotor antidrogas, Javier Caraballo, declarou à Agência Efe em frente ao cargueiro norte-coreano, no porto de Manzanillo da cidade de Colón, que esta é a primeira vez que são encontrados explosivos e "munição viva" no registro da embarcação Chong Chon Gang, no qual o equipamento bélico cubano estava escondido por toneladas de açúcar.
Segundo Caraballo, trata-se de munição para lança-granadas RPG, assim como "um tipo de explosivo não determinado para artilharia pesada", que foram achados no mesmo contêiner.
O promotor afirmou que o contêiner no qual estão as munições e os explosivos foi levado a uma zona isolada do porto de Manzanillo por questões de segurança, por isso eles não foram mostrados aos jornalistas. Uma equipe de especialistas foi ao local para revistar e investigar o material achado nesse contêiner, acrescentou.
Junto com o equipamento descoberto hoje, em outros contêineres escondidos pela carga de açúcar as autoridades panamenhas mostraram cinco veículos de cor azul, três dos quais descreveram como centros de comando para o lançamento de mísseis.
Após os agentes de segurança abrirem com cautela os veículos e estes serem verificados por cachorros treinados para detectar explosivos, o promotor os mostrou aos jornalistas e fotógrafos. Na terça-feira passada já tinha sido achado outro desses centros de comando para o lançamento de mísseis, assim como várias turbinas para aviões MIG de fabricação russa.
Os outros dois veículos, segundo Caraballo, continham um suporte de radares para lança-mísseis e geradores elétricos para abastecer estas unidades móveis.
Em outro contêiner, acrescentou, foram encontrados novos motores de turbina que, acredita-se, correspondem a aviões MIG 21.
Segundo Cuba, todo este equipamento é de fabricação russa e dos anos 50, é "obsoleto" e era levado à Coreia do Norte para ser reparado e depois enviado de volta a Cuba.
Reprodução Cidade News Itaú
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