Deputado do DEM lança a candidatura de José Agripino Maia para governador do RN em 2014

A falta de rumo do sistema político da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), devido ao desgaste do atual governo, está levando lideranças deste grupo a endossar outras candidaturas do sistema. Nesta manhã, o deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM) apoiou o lançamento do presidente estadual e nacional do DEM, senador José Agripino Maia, a governador do estado nas eleições do ano que vem.

“Seria um bom nome, um nome respeitado, seria um nome extremamente bem-vindo, pela experiência, pela maturidade, pelo conhecimento e pela capacidade já demonstrada em governos anteriores”, afirmou Nogueira, marido da ex-prefeita de Mossoró Fafá Rosado, que poderá ir para o PMDB com vistas a disputar um mandato de deputada federal em 2014. “Ou José Agripino, ou Garibaldi, ou o deputado Henrique, qualquer um que tivesse experiência, seria uma excelente opção para assumir os destinos do Estado”, completou o deputado.

O nome do senador José Agripino Maia vem sendo citado por diversas correntes políticas do interior do Estado como opção para disputar o governo diante do desgaste da governadora Rosalba. De acordo com pesquisa recentemente veiculada, o governo Rosalba atingiu desaprovação popular da ordem de mais de 80%, o que inviabiliza qualquer tentativa de reeleição da governadora ao cargo.

INSUSTENTÁVEL

Os dados da pesquisa foram revelados num momento em que o PMDB, principal partido de apoio ao governo estadual, anuncia rompimento com o governo. Caso confirme sua saída, o PMDB será o terceiro partido a romper com a gestão. O primeiro foi o PSD do vice-governador Robinson Faria. O segundo, o PV do senador Paulo Davim. É muito provável, ainda, que, com a saída do PMDB, o PR, do deputado federal João Maia, também deixe a administração estadual, entregando a Secretaria de Turismo, hoje a cargo de Renato Fernandes (PR).

Para Leonardo Nogueira, a saída dos partidos do arco de aliança governista é “muito ruim e com resultados imprevisíveis, porque o que dá sustentação ao governo são as alianças e as parcerias, principalmente com os partidos que lutaram, trabalharam e ajudaram a construir a vitória na eleição passada”. O deputado disse ainda ver “como negativo e muito preocupante” o rompimento desses partidos com o governo.

Leonardo: “Desconsideração e desrespeito motivam saída de partidos da base aliada”

Instado a enumerar as razões do rompimento, o deputado estadual Leonardo Nogueira citou a falta de consideração e o desrespeito às principais lideranças. “Todas as lideranças dizem, repetidas vezes, não só o senador José Agripino, mas também o ministro Garibaldi, o deputado Henrique, o deputado Ricardo Mota, o deputado João Maia, que tentaram construir o conselho, mas que o grande problema do governo foi de falta de diálogo, de intermediação, de um conselho para decidir os rumos do Estado, e, principalmente, de consideração e respeito aos parceiros políticos, aqueles que lutaram para fazer a governadora Rosalba chegar aonde chegou, isto é, ao governo do Estado. Faltou diálogo, não só dentro da Assembleia. De todos os partidos a gente ouve isso”, disse.

Leonardo opinou que, com a saída do PMDB da base de sustentação do governo, a situação do governo, que já não é boa, ficará insustentável. “Sem esses partidos, eu acredito que vai ficar ainda mais difícil para o governo porque havia o interesse desses partidos, do PR e do PMDB, de ajudarem, principalmente a nível federal, e esses partidos se afastando vai ficar ainda mais difícil. Se já estava difícil, ficará insustentável. Com o afastamento, a dificuldade será maior”.

Ainda segundo o deputado democrata, Rosalba poderia evitar a desagregação da sua base política, se afirmasse de público que não seria candidata à reeleição. Entretanto, segundo ele, ela não emite sinais nesta direção. “Poderia evitar, mas não vejo intenção do governo em fazer esse anúncio. Não vejo nenhuma sinalização neste sentido. Eu vejo que a governadora continua reafirmando a vontade de ser candidata mais uma vez ao governo e à reeleição. É uma decisão muito pessoal dela, fica difícil dar opinião, quando cabe somente a ela, de maneira racional e prudente, saber se será candidata à reeleição”.

Reprodução Cidade News Itaú