O Comitê Estadual de Combate aos Efeitos da Seca vai solicitar à governadora Rosalba Ciarlini a publicação de um novo Decreto de Estado de Emergência em decorrência da estiagem. Os órgãos que compõem o comitê estão elaborando um documento para justificar o pedido. De acordo com o titular da secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), Leonardo Rego, as chuvas que caíram este ano não foram suficientes para garantir o abastecimento em todo Estado. “Somente os reservatório menores estão em boa situação. Os grandes reservatórios continuam com problemas”, colocou.
Ontem à noite, foi realizado mais uma reunião do Comitê. Antes do encontro, Leonardo Rego participação de uma audiência com a governadora Rosalbar Ciarlini e representantes da Igreja Católica do Rio Grande do Norte. Os religiosos foram ao encontro da governadora para discutir o projeto da barragem de Oiticica e a situação da estiagem no RN.
O pedido para renovação do Decreto de Emergência já foi sugerido anteriormente pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn). As chuvas que caíram ao longo de 2013 não foram suficientes para reabastecer os principais mananciais de água doce do Estado. Foi por isto, e baseado em previsões climatológicas, que a Emparn encaminhou um ofício sugerindo a renovação do Decreto.
Leonardo Rego explicou que o Decreto não pode ser renovado. “O que vamos sugerir é a publicação de um novo Decreto”, disse. O documento que justifica o pedido deverá ficar pronto ainda nesta semana. A resposta da governadora é aguardada na próxima semana. “O pedido terá como justificativa basicamente os mesmos problemas quando o primeiro Decreto foi publicado. A situação é praticamente a mesma. Vamos elencar onde houve avanço e onde precisa melhorar mais”, colocou.
Conforme estudos do meteorologista Gilmar Bristot, choverá pouco nos próximos meses, tanto no litoral quanto nas demais áreas do estado potiguar, com precipitações que deverão variar até 150 mm e 50 mm, respectivamente. “Entre os meses de setembro e novembro choverá muito pouco. O segundo semestre, historicamente, chove pouco. Haverá uma precipitação maior no litoral, mas ainda baixa. No restante do Estado a situação será pior”, analisou.
Reprodução Cidade News Itaú
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