"Cerca de 30 ossadas humanas, cuja antiguidade se estima por volta do segundo milênio antes da nossa era, e que foram encontradas na caverna de La Sepultura, no estado de Tamaulipas, poderiam estar relacionadas com os primeiros habitantes do continente americano", informou em um comunicado o INAH (Instituto Nacional de Antropologia e História) do país.
Pesquisadores de várias instituições mexicanas e da Universidade de Córdoba, no Sul da Espanha, fizeram um estudo genético dos restos humanos, que foram resgatados em 2011, com o objetivo de elaborar o perfil bio-arqueológico da região, acrescentou o INAH.
O DNA dos restos esqueléticos encontrados no município de Tula, na Sierra Madre Oriental, "poderia ser muito antigo, pois estas linhagens remontariam a grupos de 10 mil e 12 mil anos antes de Cristo", assegurou o antropólogo Jesús Ernesto Velasco, do Centro INAH-Tamaulipas, citado no comunicado.
Se esta hipótese for comprovada através dos estudos de morfologia craniana, do DNA antigo e de testes de radiocarbono se "demostraria que nesta área se encontram indícios de uma das linhagens genéticas mais antigas da América", associado com o dos homens que cruzaram o Estreito de Bering, acrescentou.
Por enquanto, "estamos à espera de corroborar dados genéticos, físico-químicos e mais datações para contrastá-los com os morfológicos e culturais obtidos", para assim conhecer a origem dos grupos pré-históricos do Nordeste mexicano e sua dispersão através do tempo, acrescentou Velasco.
Os trabalhos de pesquisa desta vasta região, onde há grande quantidade de cavernas pré-históricas e manifestações gráfico-rupestres, começaram em 2009 na caverna de La Sepultura.
Uma delas é a chamada caverna Escondida ou Encantada, muito próxima de Ciudad Victoria, capital de Tamaulipas, onde em 2012 foi resgatada uma múmia e outros dois esqueletos de crianças.
Já em 2008, nesta mesma caverna, foi encontrado um exemplar mumificado que posteriormente foi estudado pelo Laboratório de Paleo-DNA da Universidade Lakehead, em Ontário, no Canadá.
Os resultados demonstraram que esta múmia tinha uma linhagem genética que "se associou de forma geral a diversos grupos que povoaram de forma precoce o continente americano", estabelecendo a base para comparação futuras, informou o antropólogo Velasco.
Reprodução Cidade News Itaú
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