O ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores) afirmou nesta quinta-feira (22) que o uso de armas químicas na Síria "traz uma nova dimensão, ainda mais preocupante e grave", ao conflito que assola o país.
Na quarta (21), o grupo opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos acusou o governo de Bashar al-Assad de matar centenas de pessoas em ataque químico em três cidades na periferia de Damasco. O governo nega a ação.
"Essas alegações de uso de armas químicas que surgiram nos últimos dias são extremamente preocupantes", disse o chanceler brasileiro em audiência pública na Câmara dos Deputados. Patriota ponderou que "talvez seja precipitado concluir se foi de um lado ou de outro" a decisão de usar armas químicas, mas demonstrou preocupação com esse novo fato.
"A verdade é que, seja como for, a confirmação do uso de armas químicas traz uma nova dimensão, ainda mais preocupante e grave, ao conflito que já se caracteriza por uma brutalidade que nos preocupa gravemente."
AÇÃO INTERNACIONAL
O ministro das Relações Exteriores ainda criticou o desempenho dos países em tentar conter os conflitos na Síria, iniciados em março de 2011.
"A comunidade internacional não consegue se organizar de forma eficaz para dar um basta e contribuir para um equacionamento diplomático e político, pela via do diálogo e da paz, embora persistam esses esforços que contam com todo o apoio do governo brasileiro", afirmou na manhã desta quinta-feira.
Reprodução Cidade News Itaú
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