A equipe de segurança da Câmara de Vereadores de Porto Alegre investigará as circuntâncias em que foram tiradas as fotos de manifestantes nus dentro da Casa durante o período em que o local foi ocupado por manifestantes ligados ao Bloco de Luta. Depois da saída do grupo, uma vistoria está sendo realizada no prédio. Imagens de cinco câmeras de segurança que estavam em funcionamento durante os oito dias de ocupação serão analisadas.
Em uma das fotos que foram divulgadas em uma rede social, homens e mulheres dançam com pouca roupa. Em outra, manifestantes nus acenam para as câmeras com fotos de ex-presidentes da Câmara ao fundo.
Segunda a assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores, os manifestantes viraram a câmera de segurança que fica no plenário da Casa para a parede. No entanto, o equipamento que está posicionado na sala onde fica a galeria de fotos dos ex-presidentes está funcionando.
"A maioria das fotos foi tirada neste local. A câmera ali está intacta", disse ao G1 Flavio Damiani, diretor de imprensa do local.
A vistoria no prédio para avaliar possíveis os danos no prédio será concluída ainda nesta quinta. Segundo Damiani, o local foi entregue limpo e em ordem. "Apenas algunas quadros quebrados, cadeiras danificadas. Mas, no geral, não houve destruíção. Falta agora só fazer a vistoria no painel do plenário", afirmou.
O presidente da Câmara, Thiago Duarte (PDT), disse que tomou conhecimento dos registros na manhã desta quinta-feira (18). "Vamos apurar as circunstâncias em que elas foram tiradas, para decidir o que será feito a respeito. É um desrespeito à Casa do Povo, e aquele não é o povo de Porto Alegre, é apenas um grupo".
Plenário da Câmara já foi desocupado
O manifestantes deixaram na totalidade a área interna do prédio da Câmara Municipal de Porto Alegre na manhã desta quinta-feira (18). Pouco depois, os vereadores protocolaram os projetos de passe livre e de abertura das planilhas das contas das empresas de ônibus. A juíza Cristina Luíza Marquezan da Silva, da 1ª Vara da Fazenda Pública, e a promotora de Justiça Maria Cristina Santos Lucca acompanham uma vistoria no prédio. A desocupação teve início na quarta-feira (17), após audiência de conciliação no Foro Central da capital do Rio Grande do Sul.
O acordo que foi cumprido previa que apenas metade do grupo saísse do local ainda na noite de quarta, o que representava cerca de 200 pessoas, incluindo crianças e adolescentes. O restante ficou no térreo da Casa até a manhã desta quinta, aguardando os parlamentares cumprissem o combinado. Segundo a assessoria do local, o prédio foi entregue limpo e em ordem.
Entre as reivindicações levadas à audiência, o Bloco de Luta também pedia a quebra do sigilo bancário das concessionárias que gerenciam o transporte público da capital, o fim do recesso dos parlamentares, a retratação pública do presidente da Câmara, Dr. Thiago Duarte (PDT), e a não criminalização do movimento. Todas elas foram rejeitadas.
O encontro de quarta foi mediado pela juíza Cristina e por representantes do Ministério Público. Na segunda-feira (15), a magistrada havia suspendido a medida liminar de reintegração de posse obtida pela Presidência da Câmara no sábado (13), alegando risco à integridade física dos manifestantes durante uma eventual ação com uso de força policial.
A ocupação completou uma semana na quarta. As atividades da Casa estavam suspensas desde o início da semana. Conforme o presidente da Câmara, a decisão foi tomada por medidas de segurança. As atividades no Legislativo devem ser retomadas ainda nesta quinta-feira.
Reprodução Cidade News Itaú
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