Os agentes e escrivães da Polícia Civil do Rio Grande do Norte, em greve de 48 horas desde esta quinta-feira (11), fazem um piquete na manhã desta sexta (12) em frente à Governadoria do estado, no Centro Administrativo. A categoria quer discutir com o Governo a proposta da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) de integração das Polícias Civil e Militar, a convocação de concursados, a retirada de presos das delegacias, e reajuste salarial. Policiais militares reforçaram a segurança no prédio da Governadoria.
O governo do estado, em nota, diz que vem tomando medidas concretas para aumentar o número de vagas do sistema prisional. "No período de 8 meses, o número de presos custodiados nas delegacias do RN caiu de 600 para cerca de 50".
A nota enviada ao G1 diz ainda que o "governo não tem como conceder aumentos à Polícia Civil, sob pena de desrespeito ao limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. O aumento da folha de pagamento do Estado do RN, nos últimos dois anos foi de mais de 54%, basicamente em função da implantação dos 30% dos planos de cargos e salários estabelecidos em 2010, além da necessária contratação de professores (cerca de 3 mil), profissionais de saúde (mais de 400), agentes penitenciários, servidores do Detran".
Os agentes e escrivães já aprovaram um indicativo de greve por tempo indeterminado para o dia 18, caso o governo não abra o diálogo com a categoria. "Os gestores vêm se negando a receber os representantes dos servidores desde o início do ano para discutir sua pauta, mesmo o sindicato dos policiais civis já tendo enviado mais de 30 ofícios solicitando audiências com os representantes do estado", falou o presidente do Sinpol, Djair Oliveira.
"Luto"
Durante o protesto, os policiais usaram um caixão, que, segundo o Sinpol, representa a morte da segurança pública potiguar. "A segurança morreu", gritou o presidente do sindicato sob um carro de som quando a carreata chegou à governadoria. "A população vai à delegacia a partir das 18h e encontra o prédio de portas fechadas. Isso nunca aconteceu antes", disse durante o discurso.
Djair falou sobre os salários da polícia civil e argumentou que, apesar de ser exigido o ensino superior, eles recebem valores de servidores com ensino médio. "O que o governo não pode fazer é silenciar. Estamos esperando propostas, ou teremos greve por tempo indeterminado", concluiu.
Reprodução Cidade news Itaú
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!