A despeito dos boletins divulgados na última semana, que davam conta de gradual diminuição no volume de precipitações pluviométricas no Estado, a Gerência de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) está prevendo a ocorrência de mais pancadas de chuva até a próxima quinta-feira (25) no RN. Essa tendência coincide com a chegada de uma frente fria no Sul e Sudeste do País.
No Estado, segundo a previsão, “continuará a predominância de céu parcialmente nublado a claro, com ocorrência de pancadas de chuva sobre as regiões Leste e Agreste do Estado devido à atuação da brisa e a instabilidades de origem oceânica. Nas demais regiões, predominará a condição de céu parcialmente nublado a claro com ocorrência de chuvas isoladas”.
O responsável pelo setor de meteorologia da Emparn, Gilmar Bristot, atribui as mudanças nas previsões à alta variabilidade do clima no litoral. “A proximidade do litoral facilita essas mudanças no tempo. Por conta disso, qualquer previsão feita para um espaço de tempo maior que 48h está muito suscetível a variações”, justifica o meteorologista.
Bristot explica, ainda, que boa parte das alterações climáticas observadas no Estado têm sido causadas pela temperatura das águas oceânicas. “O atlântico sul vem apresentando água mais quente que o normal, o que é um fator preponderante no aumento do volume de chuvas, por deixar o ar mais úmido. No litoral estamos mais acostumados com isso, mas o fenômeno vem sendo observado até na região do Seridó. Para se ter uma ideia, existe possibilidade de chuva durante a feirinha da festa de Santana, em Caicó, situação que ninguém imaginava”, afirma.
Segundo o meteorologista da Emparn, a tendência é que as pancadas de chuva continuem até agosto, por conta das constantes frentes frias que têm se aproximado. “Não há motivo para alarme, as precipitações dos próximos dias não devem ter grande intensidade. De qualquer maneira, é de suma importância que mantenhamos uma observação contínua dos fatores climáticos para evitar surpresas desagradáveis. É como foi dito, a médio e longo prazo trabalhamos com tendências que podem mudar ou não; existe uma margem de variabilidade”, finaliza Gilmar Bristot.
Reprodução Cidade News Itaú
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