De acordo com nota do site TMZ, o resultado da necropsia de Cory Monteith constatou que havia heroína e álcool no sangue do ator que foi encontrado morto no último sábado (13) em um quarto de hotel no Canadá. O exame preliminar foi divulgado pelo Departamento de Polícia de Vancouver que investiga o caso, nesta terça.
Ainda segundo o comunicado divulgado pela polícia, a família de Cory já tomou conhecimento do resultado e pediu que fosse respeitada a privacidade dos familiares do astro de "Glee" neste momento. A investigação sobre as causas da morte continua.
Cory levava uma vida dupla, segundo o site TMZ. Quando estava no Canadá, sua terra natal, fazia uso de drogas e bebida alcoólica. Mas mantinha um estilo de vida regrado ao lado da namorada, a atriz Lea Michele, nas temporadas que passava em Los Angeles, nos Estados Unidos.
Histórico com drogas
Os problemas de Cory Monteith com as drogas começaram quando ele tinha 12 anos, conforme revelou o próprio ator em entrevista ao programa "Inside the Actor's Studio", em 2012. Ele chegou a passar por 16 escolas diferentes – incluindo algumas para adolescentes problemáticos – antes de largar os estudos, aos 16 anos. Foi nessa fase que os problemas de Cory com a bebida e as drogas ficaram mais sérios. Em entrevista à revista "Parade", o ator disse que usava "qualquer coisa, todas as coisas, o máximo possível".
Quando o astro de "Glee" tinha 19 anos, a família o obrigou a fazer um tratamento, cujo resultado não durou muito tempo. Sua postura só mudou quando ele foi pego roubando uma grande quantia de dinheiro de um parente e recebeu um ultimato: ou parava de beber e usar drogas, ou iria para a cadeia.
O ator, então, mudou para outra cidade, passou a viver com um amigo de sua mãe que se recuperava do vício e resolveu que aprenderia a atuar. Nesse momento, ele conheceu a ONG Project Limeligh, cuja fundadora, Maureen Webb, o incentivou a seguir a carreira de ator.
O passado de Cory o ajudou a conseguir o papel no filme independente "McCanick", ainda inédito, no qual interpreta um viciado que vai para a prisão por assassinato. O diretor Josh C. Waller contou à revista "People" que o ator foi franco sobre seu passado: "Ele falava 'eu posso fazer esse personagem. Eu conheço esse personagem. Eu era esse personagem, vivi elementos disso'. Ele disse 'eu era um jovem com problemas'".
Morte de Cory atrasa "Glee"
A morte de Cory Monteith deve atrasar o início da quinta temporada de "Glee", segundo o site "New York Daily News". Os novos episódios, que deveriam ser exibidos em setembro, só irão ao ar nos Estados Unidos em novembro. A Fox, emissora que transmite o programa no país, começou a discutir o futuro da série. De acordo com a fonte da publicação, essa pausa serviria para todo o elenco "respirar" e lidar melhor com a morte do amigo.
A expectativa era que o ator tivesse uma participação maior nos dois primeiros episódios. Cory interpretava Finn Hudson, personagem que vive um romance com Rachel Berry, Lea Michele. Na vida real, os atores também eram namorados, o que prejudica a produção do seriado. Scott Huver, colunista de cultura da Fox 411, disse que Cory deixa "um vazio enorme no show e será desafiador para os roteiristas e produtores superarem essa fase".
Reprodução Cidade News Itaú
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