Ao menos 42 pessoas morreram no Cairo, na segunda-feira, segundo fontes médicas, quando manifestantes islamistas enfurecidos pela derrubada do ex-presidente Mohamed Mursi disseram ter sido baleados na região do quartel militar onde está o ex-governante.
Mais de 200 pessoas ficaram feridas em uma forte escalada da crise política do Egito, e seguidores da Irmandade Muçulmana, partido de Mursi, pediram aos egípcios para reagir contra o Exército, que acusam de um golpe militar para retirar do poder o líder eleito.
Os militares informaram que "um grupo terrorista" tentou invadir o quartel da Guarda Republicana e um oficial do Exército foi morto e 40 pessoas ficaram feridas. Os soldados responderam ao fogo, quando foram atacados por pessoas armadas, disse uma fonte militar.
Em um hospital próximo à mesquita Rabaa Adawia, onde os islamistas estão acampados desde que Mursi foi derrubado na quarta-feira, havia muitas pessoas feridas.
O porta-voz da Irmandade Muçulmana Gehad El-Haddad, que está em uma mesquita perto do local pró-Mursi, disse que o tiroteio eclodiu no início da manhã, enquanto os islâmicos estavam orando e participavam de uma manifestação pacífica do lado de fora do quartel.
Como consequência imediata, o partido islâmico ultra conservador Nour, que inicialmente apoiou a intervenção militar, disse que se retirava das negociações paralisadas para formar um governo interino de transição até que sejam convocadas novas eleições.
Manifestantes contra e a favor de Mursi seguiam nas ruas do Cairo, Alexandria e outras cidades, e resultaram em confrontos com mais de 35 mortos na sexta-feira e sábado.
Reprodução Cidade News Itaú
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