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segunda-feira, julho 01, 2013

Militares do Egito negam intenção de golpe em meio à crise política


As Forças Armadas do Egito negaram nesta segunda-feira (1º) que tenham a intenção de dar um golpe militar e que sua única intenção é forças os políticos a alcançar o consenso.
Negando quaisquer ambições políticas, os militares disseram que estavam apenas respondendo ao "pulso das ruas egípcias" ao dar um ultimato aos líderes políticos para que se unam, após protestos em massa contra o presidente islamita Mohamed Morsi no domingo.
Morsi se encontrou nesta segunda-feira com o chefe das Forças Armadas do país ao lado do primeiro-ministro, segundo um comunicado publicado em sua página oficial do Facebook.
A página foi atualizada após o general Abdel Fattah al-Sisi ter emitido um ultimato ao presidente para que resolva, em 2 dias, a crise política atual. 
Em um comunicado anterior lido na televisão estatal, as Forças Armadas reiteraram o "pedido para que as exigências do povo sejam atendidas e dão (a todas as partes) 48 horas, como última oportunidade, para assumir a responsabilidade pelas históricas circunstâncias que o país está vivendo".
Pelo menos 16 pessoas morreram nos confrontos entre simpatizantes e adversários do presidente islamita Mohamed Morsi no Cairo, segundo o ministério da Saúde.
Segundo a agência de notícias Reuters, os organizadores dos protestos receberam bem o comunicado, dizendo que continuariam a protestar. Já um líder sênior do partido da Irmandade Muçulmana, disse que "todo mundo" rejeita o anúncio.
EUA acompanham
Os Estados Unidos acompanham de perto a crescente crise política no Egito, promovendo contatos entre ambas as partes para por fim à violência, disse nesta segunda-feira um alto funcionário do Departamento de Estado, em Washington.
"Pedimos a ambas as partes que garantam que o processo democrático e a construção de instituições democráticas no Egito possam continuar", declarou o porta-voz Patrick Ventrell.
"Queremos ver um Egito não violento. Trágica e lamentavelmente, houve certa violência. Somos contra a violência", frisou.
O governo dos Estados Unidos está "acompanhando de perto a situação no Egito", afirmou Ventrell, acrescentando que funcionários de alto escalão em Washington "estão em contato com as duas partes, incluindo as Forças Armadas".

Reprodução Cidade News Itaú

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