Ao segurar firme o canudo de Bacharel em Direito do Centro Universitário Metropolitano de Guarulhos (SP), de beca preta e chapéu de formando, Eduardo Próspero repassou, em segundos, cada momento que vivera até aquele 1 de fevereiro de 2013. Errou feio quem disse que o rapaz de 23 anos, portador de uma doença rara incurável, não conseguiria. Talvez aqueles diplomas não mudassem a vida de todos ali. Mudou a dele.
Os portadores de mucopolissacaridose do tipo VI, diagnóstico recebido por Dudu ao nascer, não produzem uma substância fundamental para o desenvolvimento e funcionamento de alguns órgãos.
Dudu parou de crescer ainda criança, ficando bem abaixo da altura da maioria das pessoas. Perdeu a visão e chegou a ficar surdo - a audição hoje foi restabelecida. Tem problemas cardíacos. E toda semana, na tentativa de frear o avanço da doença, faz um tratamento que o cansa tanto quanto uma quimioterapia.
Todo mundo tem uma coisa boa para oferecer - ensina, enquanto se prepara para o exame da Ordem dos Advogados do Brasil.
Reprodução Cidade News Itaú
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